Ponte: PCP acusa Governo de recuar

O PCP acusou esta sexta-feira o Governo de estar a preparar um recuo com o anúncio de uma avaliação comparativa sobre a nova travessia do rio Tejo, afirmando tratar-se de uma decisão que causa «novas interrogações».

«Este anúncio é já um recuo e traz novas interrogações» sobre o traçado da nova travessia, afirmou aos jornalistas o deputado comunista Bruno Dias, lembrando que o Governo anunciara a opção Chelas-Barreiro.

Para o parlamentar comunista, «o Governo tem que saber o que quer» e defendeu a opção Chelas-Barreiro, porque «corresponde a uma necessidade das populações, do poder local».

«Não se pode olhar para a nova ponte apenas como uma forma de chegar ao novo aeroporto» no Campo de Tiro de Alcochete, anunciada em Janeiro.

Ponte: ministro quer «decisões clarificadas»

Terceira Travessia do Tejo «analisada»

O ministro das Obras Públicas, Mário Lino, mandatou o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) para avaliar, em 45 dias, qual a melhor solução para a nova ponte sobre o rio Tejo e se esta deve ser só ferroviária ou também rodoviária.

Em comunicado divulgado, o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações afirma que «a travessia do Rio Tejo no corredor Chelas-Barreiro foi sempre considerada como necessária por sucessivos governos».

O Ministério justifica o pedido de um estudo ao LNEC com o facto de, «entretanto, em Novembro de 2007» terem sido «tornadas públicas propostas alternativas de localização da nova travessia do Tejo», Beato-Montijo.

O estudo do LNEC, que deverá estar concluído no final de Março, deve fazer uma «avaliação comparativa das alternativas existentes de travessia ferroviária do Tejo, na Área Metropolitana de Lisboa» e, também, «responder, de forma objectiva, sobre se existe viabilidade e justificação para associar uma componente rodoviária à travessia ferroviária do Tejo em Lisboa».