Mais de 83% dos profissionais de saúde infetados com Covid-19 já recuperaram da doença, pelo que mais de 2.900 regressaram aos seus serviços, revelou este sábado o secretário de Estado da Saúde.
António Lacerda Sales falava na conferência de imprensa diária sobre a pandemia do novo coronavírus, destacando a “boa notícia” e o “reforço de confiança no futuro e na retoma da normalidade das instituições saúde”.
Mais de 83% dos profissionais de saúde infetados com Covid-19 já recuperaram da doença, o que significa mais de 2.900 profissionais que não têm covid e regressaram aos seus serviços”, afirmou.
A 13 de maio, o governante revelou existirem 3.183 profissionais de saúde infetados com o novo coronavírus entre os quais 477 médicos e 838 enfermeiros.
Somavam-se 774 assistentes operacionais, 152 assistentes técnicos e 107 técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica infetados, adiantou.
Graça Freitas preocupada com a China
A Direção-Geral de Saúde disse que a população não pode “estar descansada” relativamente à pandemia de Covid-19, dado que “o vírus circula a nível planetário”, e notou que um eventual ressurgimento do surto “não é inesperado”.
Não podemos nunca estar descansados porque o vírus circula a nível planetário”, declarou a diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, falando na habitual conferência de imprensa diária sobre a evolução da Covid-19 no país, em Lisboa.
Questionada sobre casos de ressurgimento do surto na China, que estão a levar à adoção de novas medidas restritivas, a responsável admitiu “essa é a preocupação de todos”, mas “não é uma coisa que não se esperasse”.
O vírus está no nosso planeta, no nosso país, e a situação está controlada, mas sempre que levantamos a mão da mola, o vírus segue a sua trajetória”, notou Graça Freitas.
Isto quer dizer que, “mesmo países que já o controlaram, podem sempre ter uma introdução”.
É uma situação preocupante, mas não inesperada”, concluiu.
Portugal regista 1.512 mortes relacionadas com Covid-19, mais sete do que na sexta-feira, e 36.463 infetados, mais 283, segundo o último boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).