Bebé «raptada» pela mãe colocada em instituição

O Tribunal de Família e Menores de Coimbra ordenou o acolhimento provisório em instituição de uma bebé de sete meses que terá sido raptada segunda-feira pela mãe de casa do avô, onde morava, foi revelado esta quinta-feira.

Fonte do tribunal disse à Lusa que a decisão foi tomada na terça-feira, após elementos da Polícia Judiciária a terem resgatado à mãe, de 16 anos, na noite de segunda-feira, e de a terem entregue à Segurança Social.

O Tribunal de Família e Menores de Coimbra decidiu pela «medida de acolhimento em instituição» com carácter provisório, o que significa que a qualquer momento ela pode ser revista, após as averiguações dos vários organismos intervenientes, junto da família e de outros contextos que considerem pertinentes para o caso.

De acordo com a mesma fonte contactada pela Lusa, a decisão tomada visou «acautelar a situação de momento», e após as averiguações o tribunal avaliará se haverá lugar à aplicação de uma medida definitiva.

Mesmo que o tribunal venha a aplicar uma medida definitiva - acrescentou a fonte - as decisões nestes processos «nunca são verdadeiramente definitivas», pois a qualquer momento, e tendo em conta «os superiores interesses da criança», poderá haver uma outra decisão «de continuação, de cessação ou de substituição».

Segundo fonte policial, a bebé de sete meses, que estava à guarda do avô em Coimbra, «foi recuperada» pela Polícia Judiciária (PJ) após ter sido alegadamente raptada segunda-feira pela mãe, de 16 anos.

A menina foi levada de casa do avô materno, cerca das 14h00 de segunda-feira, tendo sido agredidas por intrusos as pessoas que estavam no interior da residência, na freguesia de Santa Clara, em Coimbra.

Segundo a mesma fonte, a intervenção da PJ foi necessária «por ter havido violência» da parte do grupo que arrebatou a bebé, que, além da mãe, incluiria dois homens.