A Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) reagiu esta quarta-feira com cautela ao anúncio de uma «vacina terapêutica» para o cancro do pulmão desenvolvida em Cuba que poderá aumentar 30 a 40 por cento o tempo de vida de doentes terminais, escreve a Lusa.
«É um produto que não está oficialmente aprovado nas entidades competentes. Temos de ter muito cuidado nestas matérias. Para um produto ser aprovado tem de passar por muitos estudos e ensaios», alertou o vice-presidente da SPP Renato Sotto Mayor em declarações à agência Lusa.
Para o especialista em pneumologia oncológica, existem já, a nível internacional, vários estudos e ensaios que apontam para uma tentativa de se encontrar uma «vacina terapêutica» para o cancro do pulmão.
Cancro: Cuba regista «vacina terapêutica»
Renato Sotto Mayor sublinhou também que o produto desenvolvido por peritos cubanos ainda não está publicado em nenhum jornal científico credenciado.
Na terça-feira, o Centro de Imunologia Molecular cubano anunciou ter registado uma «vacina terapêutica» que pode aumentar 30 a 40 por cento o tempo de vida dos doentes terminais com cancro do pulmão.
Os estudos para a criação da vacina começaram em 1992 e o primeiro ensaio clínico foi realizado em 1995. Actualmente está a decorrer um ensaio de fase III em 579 doentes de 18 hospitais cubanos.
Cancro: vacina «não está aprovada»
- Redação
- PP
- 25 jun 2008, 11:20
Sociedade Portuguesa de Pneumologia reage com cautela ao anúncio de uma «vacina terapêutica» para o cancro do pulmão
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