Protegemos mal as nossas crianças - TVI

Protegemos mal as nossas crianças

  • Portugal Diário
  • Ana Sofia Santos
  • 29 jan 2008, 13:59
Segurança infantil (cortesia DECO/Proteste)

Principais causas de acidentes são quedas, queimaduras e asfixia

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Portugal foi o pior classificado entre 18 países europeus num estudo realizado pela Aliança Europeia para a Segurança Infantil divulgado esta terça-feira pela Defesa do Consumidor ( DECO).

No topo da tabela estão os países do norte da Europa (Holanda, Irlanda do Norte e Suécia). Para além de Portugal, no fundo da tabela estão também Grécia e Espanha.

Em declarações aos jornalistas, Anabela Jorge, médica e colaboradora da DECO, disse faltar «muita coordenação ao nível das estruturas governamentais para que se possa implantar um plano estratégico com sucesso».

Para além da «falta de legislação», a médica afirma que a estratégia deve passar por «campanhas de educação e sensibilização dos adultos e das crianças», assim como pelo «investimento em estudos estatísticos que permita fazer uma prevenção adequada».

Dicas simples

As principais causas de acidentes com as crianças, diz Anabela Jorge, são as «quedas de escadas, da cama, de bancos que tentam subir, as queimaduras, a asfixia com produtos que inalam e a intoxicação com produtos que as crianças tomam inadvertidamente».

Segundo afirma, existem alguns «equipamentos baratos e fáceis de instalar» que «facilitam a vida dos mais velhos, mas que não substituem a supervisão e a vigilância dos adultos».

A médica exemplifica: «protectores de tomadas, rede antiderrapante para tapetes, bloqueio de fecho das portas para que as crianças não se entalem, tapetes antiderrapantes nas banheiras, protecção de torneiras convencionais para que não se queimem, barreira de protecção na cama para evitar quedas» podem evitar alguns riscos.

Brinquedos perigosos na mira da UE

Brinquedos que colocam crianças em perigo

Anabela Jorge chama especial atenção para evitar deixar electrodomésticos perto da água, assim como os medicamentos inacessíveis às mãos das crianças.

Questionada sobre os preços para tornar uma casa segura para as crianças, a médica responde que «poderá não ser caro, há equipamentos que são muito baratos e muito simples de aplicar. É possível, por pouco mais de 100 euros, conseguir alguma protecção que diminua esses riscos».
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