Pais unem-se contra nova gramática - TVI

Pais unem-se contra nova gramática

  • Portugal Diário
  • 19 jan 2007, 17:11

Petição lançada na internet já foi assinada por mais de 4 mil pessoas

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A Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP) manifestou-se hoje contra a nova Terminologia Linguística para o Ensino Básico e Secundário (TLEBS), considerando não entender em que medida a sua introdução é benéfica para os alunos. A notícia é avançada pela Lusa.

Envolta em polémica, a nova terminologia, aprovada pelo Ministério da Educação (ME) em 2004, começou este ano a ser leccionada de forma generalizada no 3º, 5º e 7º anos. Só em 2009 deverá abranger todo o sistema de ensino, com o objectivo de uniformizar os termos gramaticais ensinados na escola.

«Não entendemos como poderemos passar de conceitos simples e facilmente assimiláveis para conceitos que são mais complexos», critica a CONFAP, em comunicado hoje divulgado.

A título de exemplo, a confederação aponta casos de palavras como «paciência», actualmente classificada como nome comum abstracto e que passa a designar-se por nome não contável e não massivo na nova terminologia, ou «peixe-espada», que passa de palavra composta por justaposição a composto morfo-sintáctico coordenado. «Desconhecemos em que medida a introdução da TLEBS permite um aumento de conhecimentos e competências dos alunos», acrescenta, criticando a falta de recursos pedagógicos e de formação dos professores.

Para a CONFAP, a tutela deverá emitir orientações concretas para que não fique ao critério de cada estabelecimento de ensino a aplicação da terminologia. A confederação defende ainda «enquanto todos os alunos não estiverem numa situação de igualdade relativamente ao acesso a esta implementação, não deverá a TLEBS constar das provas de exame», conclui a CONFAP.

A petição lançada na internet a favor da suspensão da terminologia já tinha sido subscrita no início do mês por mais de quatro mil pessoas, o número mínimo exigido para ser discutida no Parlamento. O documento já foi assinado por 26 professores catedráticos, quatro dos quais especialistas em Linguística.
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