INEM para animais marinhos - TVI

INEM para animais marinhos

  • Portugal Diário
  • 24 set 2007, 18:30

Site permite comunicar ao Zoomarine e em tempo-recorde que há espécimes em perigo

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Uma espécie de Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) para animais marinhos em perigo está disponível a partir desta segunda-feira na Internet e agendas digitais, para informar o Zoomarine de acontecimentos envolvendo estas espécies em tempo útil, noticia a Lusa.

Um tubarão frade que esteja junto à costa em apuros, uma baleia perdida ou um golfinho preso numa rede são ocorrências que podem ser comunicadas para o Zoomarine a partir de qualquer ponto de Portugal, através deste site.

Pela Internet, mas também através de um PDA, executando apenas «seis passos», é possível comunicar em tempo-recorde ao Zoomarine que há um animal marinho morto, doente ou em perigo numa praia qualquer do país.

Quando a «informação sistematizada cair no Zoomarine é accionada uma forma de salvamento» ou então a informação é enviada para a Polícia Marítima que tomará conta do caso, explicou o biólogo marinho do Zoomarine, Élio Vicente.

Este novo método é um complemento aos canais de emergência existentes em Portugal, nomeadamente da Rede Abrigo que funciona 24 horas por dia através do telemóvel 968849101.

O que fazer?

O utilizador do PDA que queira pedir ajuda ao «INEM» para animais só precisa de escolher no menu o tipo de animal marinho, o concelho onde se encontra o animal e a praia e o estado clínico.

A pessoa identifica-se com nome e telemóvel e envia a informação pelo PDA, explicou à Lusa João Oliveira, responsável pelo projecto Algarve Mobile, adiantando que no futuro o objectivo é alargar o espectro de ajudas a todos os animais, sejam domésticos ou selvagens, vivam em terra ou no mar.

Qualquer cidadão pode tornar-se parte da equipa

Segundo o biólogo marinho, «80 por cento dos animais marinhos vivos que dão à costa portuguesa conseguem ser ajudados, mas este sistema vai também permitir que sejam recolhidos animais mortos e se identifiquem locais ou infecto-contagiosos».

«Deve também haver informação sobre os animais que se encontrem mortos», alerta Élio Vicente, assegurando que tal informação permite saber que áreas estão infectadas e fazer mapas e previsões futuras.

O objectivo é «toque a toque no PDA ou num qualquer computador ligado à Internet, qualquer cidadão tornar-se parte da equipa que apoia os animais em risco, ajudando a equipa do porto de abrigo do Zoomarine», sugere o especialista em animais marinhos, observando que Portugal ainda não é o melhor exemplo de ajuda de animais.
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