Portimão: obras na ponte deverão durar 15 meses

A ponte metálica sobre o rio Arade, em Portimão, vai ser fechada ao trânsito à meia-noite de sexta-feira para obras de reabilitação, que deverão prolongar-se por 15 meses, anunciou hoje o presidente da Câmara Municipal, noticia a Lusa.

O autarca, Manuel da Luz (PS), falava no final de uma reunião com responsáveis da Estradas de Portugal (EP) sobre o estado da ponte, após ter sido conhecido um relatório da empresa, de dia 3 de Outubro, em que são aconselhadas reparações urgentes na estrutura da ponte.

O trânsito rodoviário será interdito a partir da meia-noite de sexta-feira, mas a ponte mantém-se aberta à circulação de peões e velocípedes.

Segundo o autarca, as obras da empreitada de reabilitação da ponte metálica rodoviária sobre o Rio Arade, que vão incidir sobre a totalidade dos pilares e tabuleiro, iniciam-se segunda-feira, devendo prolongar-se durante cerca de 15 meses, e vão custar cerca de cinco milhões de euros.

«Espero que não existam derrapagens para que a ponte possa ser reaberta ao trânsito no segundo trimestre de 2009», frisou Manuel da Luz.

O presidente da Câmara de Portimão referiu ainda que, além da alternativa de circulação existente, que passa pela utilização da variante à EN-125 e do Nó de Alvor (antiga EN-125), vão ser estudadas outras soluções em parceria com a Câmara de Lagoa e com o Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM), que pode passar por uma travessia fluvial.

«É um assunto que terá de ser analisado e discutido com o IPTM», sublinhou Manuel da Luz.

O presidente da Câmara de Portimão voltou a lamentar não ter sido informado pela Estradas de Portugal sobre o estado da ponte metálica.

A ponte metálica rodoviária sobre o Rio Arade faz a ligação entre os municípios algarvios de Portimão e de Lagoa, sendo utilizada diariamente por milhares de pessoas das localidades de Ferragudo, Parchal, Estombar e Mexilhoeira da Carregação.

Construída em 1876, a ponte sobre o Arade foi alvo de sete inspecções subaquáticas, tendo existido já dois alertas vermelhos a indicar a gravidade da situação, de acordo o semanário Sol.

Em 2005, a estrutura obteve a pior classificação possível em termos de conservação, o que motivou a primeira intervenção urgente em seis pilares e a organização de um concurso público para uma obra de fundo nos sete pilares que sustentam a ponte.