Maçãs das Beiras previnem melhor o cancro - TVI

Maçãs das Beiras previnem melhor o cancro

  • Portugal Diário
  • 31 jan 2008, 17:15

Espécies da região fazem melhor à saúde que outras mais plantadas e que dominam mercado

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A maçã Bravo Esmolfe e outras autóctones das Beiras são as mais indicadas para prevenir alguns cancros e doenças cardiovasculares, segundo um estudo encomendado pela Cooperativa Agrícola de Mangualde (CAM), revelado esta quinta-feira, escreve a Lusa.

Segundo o trabalho do Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz (ISCSEM), em colaboração com outras entidades, as espécies naturais da região fazem melhor à saúde que outras variedades mais plantadas (mesmo nas Beiras) e que dominam o mercado.

«Pretendíamos fazer um levantamento das espécies autóctones, algumas abandonadas ao longo das décadas, quando nos deparámos com estes resultados espantosos», explicou António Campos, dirigente da CAM.

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Maçãs Bravo Esmolfe, Malápio Fino, Malápio da Serra ou Pêro Pipo, todas autóctones das Beiras, têm muito maior concentração de compostos activos (polifenóis e fibras) e elevado poder antioxidante que as Golden, Starking, Fuji, Gala Galaxy ou Reineta Parda.

«As características saudáveis da maçã são conhecidas desde a antiguidade, mas nunca tinha sido feito um estudo científico comparativo como este. Trata-se de um grande avanço para o desenvolvimento da fruticultura da região», dissee António Campos.

Os alimentos que têm estes componentes químicos «não são remédios, mas se fizeram parte de uma alimentação corrente ajudam a prevenir alguns tipos de cancro e doenças cardiovasculares. Sobre isso não há dúvidas», afirmou Agostinho de Carvalho, investigador do ISCSEM, responsável pelo estudo.

As experiências realizadas testaram em pé de igualdade as espécies naturais da região e outras, através de análises químicas e com kits de células de cancro humano, observando as diferentes reacções.

«Quem substituir as maçãs que consome por espécies autóctones das Beiras, vai obter maiores benefícios, devido à maior concentração de compostos bioactivos», conclui.
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