Mais de 40 mil põem combustível sem pagar - TVI

Mais de 40 mil põem combustível sem pagar

  • Portugal Diário
  • 31 out 2007, 10:38

Aumento de 73 por cento, desde 2005. Prejuízo ronda 1,5 milhões

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Mais de 40 mil pessoas abastecem as viaturas com combustível sem pagar, segundo uma estimativa da Associação Nacional de Revendedores de Combustível (ANAREC) para o ano de 2007, realizada com base num inquérito elaborado aos seus associados.

Segundo o Correio da Manhã, a ANAREC acredita que cada viatura abasteça, em média, 30 litros de combustível sem pagar. Em suma, no final do ano, as gasolineiras terão prejuízos na ordem de 1,5 milhões de euros.

O número de fugas, exactamente 40 542, representa um aumento de 20 por cento em relação a 2006, 30 975 fugas, e de 73 por cento por referência a 2005, 24 435 casos.

De acordo com o presidente da ANAREC, Augusto Cymbron, trata-se de «uma catástrofe», sendo que, «não há muito» que se possa fazer «para combater este fenómeno», refere.

Nos últimos dois anos 144 postos de abastecimento encerraram, esperando-se que o número aumente nos próximos tempos.

Augusto Cymbron adianta que as gasolineiras têm de vender «4 mil litros para compensar as perdas com as fugas de condutores que não pagam».

Lisboa a mais afectada

Lisboa é a zona mais afectada pelas fugas sem pagar, onde se estima que este ano ocorram perto de 22 500 fugas, cerca de metade do total nacional.

Na capital estão situados três dos seis postos mais afectados, mas do top constam ainda uma bomba de gasolina no Porto e outras em Santarém e Setúbal.

O «campeã»o das fugas regista, uma média, de «1,3 fugas por dia», refere Augusto Cymbon, acrescentando que este se situa em Lisboa, mas recusando identificá-lo, com receio de que o flagelo aumente.

Apesar de a maioria das gasolineiras ter instalado câmaras de videovigilância, a maior parte das fugas são realizadas por carros com matrículas falsas.

Medidas como o pré-pagamento apenas são viáveis à noite, acrescenta o presidente da ANAREC, explicando que uma medida dessas implementada durante o dia afectaria o negócio das lojas, porque as «pessoas nem entravam».

Apesar de alguns responsáveis já não apresentarem queixa por não acreditarem nos resultados, as autoridades aconselham as gasolineiras a fazê-lo, quanto mais não seja, para estabelecer um padrão de comportamento que leve a detenções, referiu ao «Correio da Manhã», fonte da GNR.

Os valores apurados no inquérito tiveram por base os casos registados no primeiro semestre do ano. Metade dos proprietários de gasolineiras são associadas da ANAREC, correspondendo a 1100 associados. Apenas 14 por cento responderam ao inquérito, facto que o presidente justifica com a «vergonha» em admitir estes crimes.

Os resultados dos inquéritos correspondem, assim, a apenas sete por cento dos postos, sendo que os números foram apuradosn com base numa estimativa a partir da amostra.
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