Rotavírus: 66 mil crianças infectadas por ano - TVI

Rotavírus: 66 mil crianças infectadas por ano

  • Portugal Diário
  • 9 jan 2008, 12:09

Vacina contra infecção responsável por gastroenterites em estudo

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A infecção por rotavírus é responsável por gastroenterites em mais de 66 mil crianças por ano, noticia a edição desta quarta-feira do Diário de Notícias (DN), citando dados de um estudo internacional. Só a vacina previne o contágio da doença, que se calcula ser responsável pela morte de três crianças por ano em Portugal. Os dois fármacos que se encontram no mercado custam cerca de 180 euros. A sua comparticipação está em estudo.

Apesar de haver casos de infecção que não apresentam sintomas, há outros que podem resultar em complicações graves para saúde, como febre, dores abdominais vómitos e diarreia aquosa. Muitos casos exigem tratamento hospital, de forma especial devido a desidratação grave.

O DN sublinha que ainda não foi feito qualquer estudo em Portugal para avaliar a incidência da gastroenterite pediátrica a rotavírus. Contudo, refere um estudo internacional, que, segundo a pediatra Filipa Prata, do Hospital de Santa Maria, consultada pelo jornal, aponta para que «haja 66565 casos domiciliários por ano e 16641 consultas» no país.

Os internamentos anuais de crianças devido a esta infecção - que afecta 95 por cento delas pelo menos uma vez - está estimado em «2080», o que representa um custo de três milhões de euros, salienta o DN.

A pediatra disse ainda ao diário que em Portugal 40 por cento dos casos de gastroenterites pediátricas se deve ao rotavírus.

Na União Europeia esta infecção é responsável por 87 mil hospitalizações de crianças anualmente e registam-se 231 casos fatais, com a estimativa de três vitimas mortais em Portugal.

Comparticipação da vacina em estudo

Apenas a vacinação previne a infecção, já que o vírus é altamente contagioso e resistente. De acordo com um documento sobre a doença no sítio Médicos de Portugal, o rotovírus pode «sobreviver durante semanas em água potável e águas de recreio e resistir à maioria dos sabonetes e desinfectantes».

Em Portugal, há duas vacinas disponíveis, embora ainda não façam parte do Plano Nacional de Vacinação. Segundo uma fonte da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), consultada pelo DN, a comparticipação está neste momento a ser analisada. Ambas custam perto de 180 euros.
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