«Legalizar o casamento gay terá consequências catastróficas» - TVI

«Legalizar o casamento gay terá consequências catastróficas»

«Porque Não, Casamento entre Pessoas do Mesmo Sexo»

Livro contra o casamento homossexual foi apresentado a dois dias do debate no Parlamento. Autores ainda acreditam que é possível travar a lei

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O livro «Porque não, casamento entre pessoas do mesmo sexo» foi apresentado esta quarta-feira na Alêtheia Editores, de Zita Seabra, que justificou este agendamento com a proximidade do debate no Parlamento sobre o tema.

Ameaçados por uma manifestação que afinal não se realizou, os autores da obra expuseram os seus argumentos contra o casamento homossexual, perante uma plateia onde se podiam ver algumas caras conhecidas da Plataforma Cidadania e Casamento.

«Nós não somos contra ninguém. Talvez o livro possa ser um insulto à estupidez, mas ninguém se deve sentir ofendido quando é a estupidez que está a ser combatida», disse o padre Gonçalo Portocarrero de Almada.

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«Há uma opção e cada um é livre de optar. Eu não quis casar, fiz essa opção e tenho direitos e deveres graças a ela. O mínimo que se pode pedir a quem fez uma opção é que a respeite, estamos só a pedir coerência», acrescentou.

Garantindo que a legalização do casamento gay «terá consequências catastróficas», o padre esclareceu ao tvi24pt quais considera serem os efeitos caso a lei seja aprovada: «Terá custos para a sociedade, ao nível da educação e dos jovens, cujo valor de família passará a ser uma mensagem confusa.»

Gonçalo Portocarrero de Almada não é a favor do referendo, «porque o ideal seria a questão nem se colocar», mas admite participar numa eventual campanha a favor do «não». Até na missa, porque, como contou, já o fez quando foi o referendo do aborto.

«Se o casamento gay avançar não será uma derrota da Igreja, será uma derrota do Parlamento, porque estará a agir para além dos limites do seu mandato (...) A sociedade não exige o casamento gay, este é um assunto extrapolado por grupos minoritários e a política anda a reboque desses grupos», criticou.

Já Pedro Vaz Patto optou por destacar a capa e a contra-capa do livro (duas Evas e dois Adões) para frisar «como é estranho às nossas representações culturais duas pessoas do mesmo sexo».

«A dualidade é positiva. Deus não se enganou quando criou Adão e Eva, e não Adão e Adão ou Eva e Eva. O Estado está a ir além da sua legitimidade. Esta é uma tentação totalitária», lamentou.

O juiz, que também não concorda com a união civil registada, proposta pelo PSD, é a favor de um referendo e também admitiu ao tvi24.pt fazer campanha pelo «não».
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