Empresário acusado de explorar brasileiras

A PSP identificou esta tarde o empresário acusado pela Comissão Nacional para a Legalização de Imigrantes de explorar imigrantes, disse à Lusa Alberto Soares, comandante daquela polícia em Guimarães «Procedemos à identificação do empresário em causa e vamos agora enviar o processo para o Tribunal de Trabalho», referiu à Lusa.

Alberto Soares deu seguimento ao pedido feito por Manuel Solla, presidente da Comissão Nacional para a Legalização de Imigrantes (CNLI). Em causa está a queixa apresentada por cinco cidadãs brasileiras que trabalharam como empregadas domésticas para o empresário do ramo vidreiro.

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Desde o início da tarde de hoje que elementos da CNLI estiveram em Guimarães, em protesto contra «várias irregularidades», referiu Manuel Solla. Os imigrantes, segundo o presidente da comissão para a legalização de imigrantes, têm salários em atraso, «nunca tiveram contrato de trabalho e nunca foram inscritos na segurança social».

A CNLI constituiu-se já como assistente no processo para poder acompanhar, a nível jurídico, o desenvolvimento deste caso. A denúncia da alegada exploração foi feita pelas quatro imigrantes que se dirigiram ao Porto, às instalações da CNLI, para apresentar queixa contra o empresário de Guimarães.

«A comissão tentou negociar com a empresa mas não foi aceite qualquer acordo», referiu ainda Manuel Solla. «Ao que tudo indica, as senhoras efectuavam actividades domésticas e não recebiam salário pelo trabalho realizado», referiu ainda o comandante da PSP de Guimarães.