SIDA: número de casos diminuiu - TVI

SIDA: número de casos diminuiu

  • Portugal Diário
  • 12 fev 2008, 20:37

Dados são do INE, mas Liga Portuguesa Contra a SIDA diz que recebe cada vez mais pedidos de apoio

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O Instituto Nacional de Estatística revelou hoje que o número de casos de SIDA diagnosticados diminuiu entre 2000 e 2006, mas a Liga Portuguesa contra a doença diz que recebe cada vez mais pedidos de apoio.

De acordo com os dados do INE, em 2000 foram diagnosticados 1.022 novos casos de SIDA enquanto em 2006 o número de novos casos foi de 577, um decréscimo de 56,5 por cento.

«Os números valem o que valem», comentou à Lusa a presidente da Liga Portuguesa Contra a SIDA, Maria Eugénia Saraiva, afirmando que, a contrastar com o decréscimo de 56,5 por cento referido pelo INE, a instituição que dirige tem vindo a receber um número cada vez maior de pedidos de informação e de apoio.

«O que conta para a Liga são as pessoas e a verdade é que o número de famílias que apoiamos subiu de 350, em 2006, para 400, em 2007, assim como têm vindo a aumentar as chamadas para a Linha SOS SIDA [800 20 10 40]», assinalou a responsável.

Para Maria Eugénia Saraiva, «se a informação do INE corresponder à realidade, é sinal que o trabalho de prevenção feito pela Liga e por outras organizações não governamentais está a dar frutos».

Porém, a Liga Portuguesa Contra a SIDA orienta-se pelos dados do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, segundo o qual «existem 35 mil pessoas infectadas com o HIV em Portugal», afirmou a responsável, acrescentando que «a existência de abundantes casos não notificados» pode fazer aumentar aquele número para o dobro.

«Infelizmente, continuamos a ter uma posição cimeira na Europa no que respeita ao número de infectados», lamentou Maria Eugénia Saraiva, que alertou ainda para a necessidade de «contabilizar também os afectados», ou seja, todos aqueles que lidam de perto com os seropositivos e com os doentes.

A agência Lusa contactou igualmente Henrique Barros, Coordenador Nacional para a Infecção VIH/SIDA do Alto Comissariado da Saúde, que remeteu declarações para mais tarde por desejar inteirar-se da fonte e data exactas dos números hoje divulgados pelo INE.
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