Pandur: decisão do ministro vai despedir 200 trabalhadores - TVI

Pandur: decisão do ministro vai despedir 200 trabalhadores

Aguiar Branco

Presidente da Fabrequipa acusa ministério da Defesa de se comportar como «um gangster» neste processo

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O presidente da Fabrequipa, Francisco Pita, disse que a denúncia do contrato dos blindados Pandur vai «matar» a sua empresa e levar ao despedimento de 200 trabalhadores e apelou ao ministro da Defesa para «repensar».

Em declarações à agência Lusa, Francisco Pita, sócio-gerente desta empresa sediada no Barreiro, disse que o Exército e a Marinha são responsáveis por vários atrasos no fornecimento dos blindados e que «desde 2011 que a General Dynamics tem 25 Pandur para entregar ao Estado que não são aceites».

«As Pandur têm 16 variantes e algumas nem começaram a ser construídas porque os engenheiros das Forças Armadas ainda não chegaram. Por exemplo, a variante de engenharia não se iniciou porque a missão de acompanhamento ainda não conseguiu junto da adjudicatária especificar as características que quer e na variante anfíbia há um desacompanhamento total, a missão de acompanhamento desapareceu, está tudo parado há um ano», adiantou.

O presidente da Fabrequipa advertiu ainda que «a decisão que o senhor ministro [da Defesa] tomou é o fecho de uma empresa por decreto e o consequente despedimento de 200 trabalhadores», além de bloquear novos «projetos de expansão e de venda de Pandur noutros mercados».

O responsável apelou a Aguiar-Branco para «repensar» a decisão e disse que, tanto a sua empresa como a General Dynamics, têm «mais de uma dúzia de pareceres em sentido contrário» ao do Ministério da Defesa.

«Estou convencido de que este será um processo contraproducente para o Estado português e com consequências dramáticas, com o pagamento de chorudas indemnizações à General Dynamics», disse.

Francisco Pita acrescentou que o fornecedor norte-americano ofereceu condições ao Estado português de «pagar quando e como quiser» as 260 viaturas blindadas e acusou o Ministério da Defesa de se comportar como «um gangster» neste processo.

Questionado sobre a reunião que a empresa tem agendada com a embaixada dos Estados Unidos para quarta-feira, o presidente da Fabrequipa recusou fazer qualquer comentário.
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