Torres Vedras: abaixo-assinado contra alta tensão - TVI

Torres Vedras: abaixo-assinado contra alta tensão

  • Portugal Diário
  • 7 fev 2008, 17:35

Habitantes da Ereira protestam contra ruído provocado pela linha

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Os habitantes da Ereira, Torres Vedras, enviaram um abaixo-assinado à Redes Energéticas Nacionais (REN) a protestar contra o ruído provocado pela linha de muito alta tensão Rio Maior-Trajouce que atravessa a localidade.

Segundo noticia a Lusa, a REN desconhecia o problema, mas garantiu resolver o problema «dentro de oito a dez dias».

No centro da aldeia de Ereira está instalado um poste de muito alta tensão, localizado desde há 50 anos dentro de quintais de duas habitações, que começou a criar transtornos aos moradores, desde que há três anos foi aumentada a sua altura para mais de seis metros e foram colocadas esferas de sinalização para a aeronáutica nos cabos.

Os habitantes igualam o estilhaçar dos cabos a uma «fritadeira a fritar peixe», enquanto o barulho provocado pelas esferas assemelha-se ao de uma «betoneira a trabalhar», explicou Maria da Piedade Jorge, que convive diariamente com parte do poste instalada no quintal da sua habitação.

«Isto não é nada bom para a saúde», disse a moradora, que considera estar «debaixo do perigo».

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Quando a humidade é mais intensa ou «quando estão dias de vento», o ruído é «ensurdecedor», relatou Isabel Cândido, uma das moradoras, acrescentando que «no silêncio da noite é muito pior porque está tudo no sossego».

Em declarações à Lusa, o director-coordenador da REN disse que não tinha ideia que «havia um problema nessa zona», admitindo ser anormal o barulho ouvido.

«Espero que em Fevereiro se consiga intervir. Não vejo dificuldades em resolver o caso», assegurou Artur Lourenço, afirmando no entanto que não está estudada para já a possibilidade de deslocar o poste de muito alta tensão.

O director da REN adiantou que a eventual demora na resolução do problema se poderá dever à dificuldade em desligar a linha para ser alvo de intervenção, sob pena de interromper o fornecimento de energia a 300 mil famílias, devido à sobrecarga de corrente na linha alternativa.

Quanto a eventuais problemas provocados devido à exposição a campos magnéticos de alta tensão, Artur Lourenço garantiu que «não há casos em Portugal onde a legislação esteja a ser desrespeitada», esclarecendo que a REN pode «instalar linhas em cima de casas».
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