Maddie: caso «mal contado» - TVI

Maddie: caso «mal contado»

Madeleine desaparecida há cem dias (fotomontagem)

Habitantes e turistas que se encontram na Praia da Luz criticaram arquivamento do processo

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Habitantes e turistas que se encontram na Praia da Luz, Lagos, criticaram esta segunda-feira as autoridades judiciais por decidirem arquivar o processo do desaparecimento de Madeleine McCann, enquanto a menina continua desaparecida, considerando que o caso «está mal contado».

Em declarações à Agência Lusa, Luís Filipe, pai de duas gémeas e a passar férias na Praia da Luz pela primeira vez, lamentou que o mistério do «caso Maddie» seja mais um caso de desaparecimento a juntar a outros como os de Rui Pedro e mais recentemente o de Joana Cipriano, está última também desaparecida no Algarve.

O veraneante acrescentou que a segurança da Praia da Luz «não está posta em causa» e que o «mistério está nos amigos do casal McCann».

O turista português criticou ainda a actuação da Polícia Judiciária (PJ) desde o início do processo.

«A investigação foi mal conduzida, porque o apartamento esteve alugado e só depois de ali terem estado outras pessoas é que a Polícia voltou para alegadamente encontrar vestígios que levassem a supor a morte da menina», declarou à Lusa, acrescentando que uma vez mais e à semelhança de outros casos «a PJ não esteve à altura».

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A inglesa Chris Edward também lamentou que o desaparecimento de Madeleine McCann, na altura com três anos de idade, tenha tido como desfecho o arquivamento do inquérito, quando o caso - defendeu - ainda tem muito para ser investigado.

A turista inglesa não quer acreditar que as Polícias portuguesa e britânica não tenham capacidade e meios para investigar o desaparecimento de uma criança, quando têm à sua disposição «tecnologia avançada» que lhes permitia ir mais longe na investigação.

Chris Edwuard, que está há uma semana de férias na Praia da Luz na companhia do seu filho de seis anos, referiu que não sente insegurança no empreendimento turístico Ocean Club, local onde está alojada e de onde desapareceu a menina inglesa Madeleine há mais de 14 meses.

Também a turista inglesa observou que o mistério está dentro do grupo de amigos com o qual os McCann passavam férias.

Alguns habitantes da Praia da Luz, contactados pela Lusa, também foram unânimes em discordar do arquivamento, por a criança continuar desaparecida.

PJ de Portimão «reforçada»

O Departamento de Investigação Criminal (DIC) de Portimão da Polícia Judiciária (PJ), que investigou o desaparecimento da criança inglesa Madeleine MacCann, «vai ser reforçado brevemente», revelou à Agência Lusa fonte policial.

Segundo a mesma fonte, o reforço de meios ocorre na eventualidade de surgirem novas pistas ou elementos susceptíveis de serem analisados no âmbito do «caso Maddie».

A fonte adiantou à Lusa que a Direcção Nacional da PJ, liderada por Almeida Rodrigues, deu orientações para que qualquer pista que surja relacionada com caso Maddie seja «imediatamente» investigada.

Paulo Rebelo sucedeu em Outubro do ano passado a Gonçalo Amaral na coordenação da PJ de Portimão, após a demissão do então responsável do processo «Maddie», afastado do caso após criticar, em declarações à imprensa, a polícia inglesa, que acusou de «andar a fazer o que o casal [McCann] queria».
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