Director-nacional da PSP «incomodado» com protesto

O director nacional da PSP está «incomodado» com o protesto dos sindicatos da polícia no dia do 142º aniversário desta polícia, mas considera que é «um direito que lhes assiste».

«Incomoda-me de algum modo. Obviamente que sim. Preferia que não tivesse havido a tal manifestação, mas é um direito que assiste aos sindicatos», afirmou Oliveira Pereira, citado pela Lusa, no final da cerimónia.

Sobre o estatuto profissional da PSP, que esta quinta-feira juntou cerca de uma centena de polícias e elementos da GNR em frente à residência oficial do primeiro-ministro, o director-nacional afirmou que tem «uma opinião, mas é particular».

«O interlocutor dos sindicatos é o Governo, logo, como director nacional, estou acima desse problema», referiu, acrescentando que o estatuto é «um elemento fundamental para a vida e gerência da PSP».

Por seu lado, o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, reafirmou que respeita o direito dos sindicatos a promover manifestações, lembrando a necessidade de os polícias «respeitarem a legalidade e a ordem pública».

Rui Pereira afirma que o MAI sempre dialogou com os sindicatos e que os estatutos da PSP e da GNR, que em breve serão aprovados em Conselho de Ministros, são «uma excelente oportunidade para valorizar as carreiras» dos agentes e militares das forças de segurança.

Já o dirigente do Associação dos Profissionais de Polícia garantiu que «todos estão solidários» na luta contra o novo estatuto e salientou que o director nacional da polícia deveria apoiar estes profissionais ao assinalar o 142º aniversário da PSP.