Quinta da Fonte: famílias ciganas não regressam - TVI

Quinta da Fonte: famílias ciganas não regressam

Quinta da Fonte

«As pessoas não estão psicologicamente preparadas para encarar a Quinta da Fonte»

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As 53 famílias ciganas que se encontram concentradas em frente à Câmara Municipal de Loures desde quinta-feira, decidiram este domingo que não vão regressar à Quinta da Fonte, após terem feito um rastreio às condições de segurança do bairro.

«As pessoas não estão psicologicamente preparadas para encarar a Quinta da Fonte» afirmou á Lusa José Fernandes, porta-voz da comunidade cigana. As famílias visitaram esta tarde a Quinta da Fonte sob escolta policial e ouviram insultos da comunidade africana do bairro.

Após uma reunião entre os membros da comunidade, as famílias emitiram um comunicado aos jornalistas presentes para dizer que voltar à Quinta da Fonte «está fora de questão».

O ministro da Administração Interna afirmou que estava convicto de que estão reunidas as condições para, dentro em breve, todos os habitantes que de lá saíram na sequência do tiroteio poderem regressar à Quinta da Fonte.

«Quando digo dentro em breve espero que entre hoje e segunda-feira a situação evolua», afirmou Rui Pereira aos jornalistas durante uma visita ao bairro da Cova da Moura, na Amadora.

Noites ao relento

Pela terceira noite consecutiva, 53 famílias ciganas da Quinta da Fonte pernoitaram junto à Câmara Municipal de Loures e recusam sair por entenderam que não há condições de segurança para voltarem a habitar naquele bairro.

No passado dia 11 à tarde, meia centena de elementos das comunidades cigana e africana da Quinta da Fonte envolveram-se em confrontos com utilização de armas de fogo, segundo a PSP, que indicou ter detido dois indivíduos e apreendido algumas armas de fogo e munições de calibre variado.

No dia anterior, uma rixa entre dois grupos do mesmo bairro tinha provocado nove feridos ligeiros e danos em várias viaturas.
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