Alunos do secundário em manif nacional - TVI

Alunos do secundário em manif nacional

Protesto dos estudantes do secundário (foto Sara Marques)

«Plataforma Estudantil Directores Não!» agendou protesto contra o Estatuto do Aluno já na quarta-feira

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Os estudantes do secundário regressam quarta-feira aos protestos, de Norte a Sul do país, contra as políticas educativas. As palavras de ordem são antigas, mas os métodos de mobilização estão mais apurados, noticia a agência Lusa.

O Dia Nacional de Luta do Secundário foi agendado por associações de estudantes do Porto, mas a ideia é um protesto «descentralizado» um pouco por todo o país. A maior adesão dos alunos deverá verificar-se em Lisboa.

Na capital, a manifestação está marcada para quarta-feira às 10h no Marquês de Pombal, com saída 30 minutos depois para o Ministério da Educação, na Avenida 5 de Outubro. A Plataforma Estudantil Directores Não! está a ajudar a dinamizar o protesto.

Protesto convocado pela Internet

Nos últimos dias, os membros deste movimento andaram nas escolas de Lisboa, Loures, Oeiras, Odivelas e Sintra a colar cartazes e faixas e a distribuir panfletos. E-mails, mensagens de sms e até a comunidade social virtual hi5 são alguns dos meios que estão a ser utilizados para mobilizar estudantes.

«Nos últimos dois anos, as manifestações em Lisboa têm sido de facto pouco significativas, mas isso não significa que a luta dos estudantes tenha sido menor. Os protestos acontecem agora mais escola a escola, concelho a concelho», justifica Luís Baptista, um dos coordenadores da Plataforma.

O que está em causa

O novo regime de faltas e o diploma sobre gestão escolar são as principais razões, «apesar de existirem muitas mais», para o aluno acreditar numa adesão maior dos estudantes do secundário na quarta-feira, do que a verificada nos últimos protestos.

«O conselho executivo ou o director poderá suspender um aluno por um período de cinco dias sem ter de ouvir o próprio aluno ou o seu encarregado de educação. Há aqui um aumento de poder que na prática não serve para resolver um problema», afirma Luís Baptista.

Por outro lado, critica o novo regime de faltas e, sobretudo, a obrigatoriedade da realização de uma prova no caso de ser excedido o limite de ausências, independentemente do motivo: «um aluno pode estar doente, pode morrer-lhe um familiar e para o ministério da Educação isso não tem qualquer peso. Junta-se tudo no mesmo saco».

Mas os alunos do secundário vão protestar ainda contra o novo diploma da gestão e administração escolar. Lembram que os conselhos executivos, uma direcção colegial, eram escolhidos por um universo que muitas vezes podia chegar aos 200 elementos, enquanto o director, órgão unipessoal, será designado no máximo pelos 20 membros do Conselho Geral, na maior parte dos casos sem ter qualquer contacto com a realidade da escola à qual se está a candidatar.
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