Alunos carenciados recebem mais 50 cêntimos para ajuda nos livros - TVI

Alunos carenciados recebem mais 50 cêntimos para ajuda nos livros

Escola básica da Várzea de Abrunhais

O PSD considera estes valores «ofensivos». Já as confederações de pais dividem-se

Os alunos mais carenciados do ensino secundário, integrados no escalão «A» da acção social, vão receber mais cinquenta cêntimos de comparticipação na compra dos manuais escolares. Passa de 135 euros para 135,50 euros. Ora, o preço dos livros aumentou este ano.

Descreve a Lusa que, quanto aos do Escalão B, Escalão 2 do Abono de Família, o aumento é de 30 cêntimos, passando esta comparticipação de 67,5 para 67,8 euros. Os valores relativos à alimentação, material escolar e alojamento em residência familiar mantêm-se inalterados.

No 3.º ciclo do básico, os aumentos são um pouco superiores, com a comparticipação dos manuais a passar de 140 para 141,4 euros, no caso dos 8.º e 9.º anos, e de 155 para 156,60 no 7.º, isto no Escalão A.

No Escalão B, os aumentos são de 70 e de 80 cêntimos, respectivamente.

No 2.º ciclo, o aumento é de um euro no Escalão A, na aquisição dos livros, tanto no 5.º como no 6.º anos.

Relativamente ao 1.º ciclo do básico há um aumento de trinta cêntimos no Escalão A.

Num despacho enviado às escolas esta segunda-feira, o Ministério da Educação garantiu ter feito um «ajustamento».

As confederações de associações de pais dividem-se perante a subida da comparticipação dos manuais escolares: uma diz que «não é nada» e devia ser alterada, outra afirma compreender que, com a crise, «não tenha sido possível ir mais além».

O PSD já manifestou a sua «indignação» pelos aumentos previstos pelo Governo. São «aumentos irrisórios quase ofensivos», considerou Pedro Duarte, ouvido pela Lusa.

«Se pusermos de um lado da balança o que são os gastos com o «show off» e a propaganda governamental feita, por exemplo, em festas de abertura de escolas ou na distribuição de «Magalhães» e do outro lado as enormes dificuldades que muitas famílias portuguesas estão a sentir para comprar material escolar para os seus filhos, percebemos que as prioridades estão claramente erradas», afirmou.
Continue a ler esta notícia