Líder dos skinheads ameaçou procuradora

O Ministério Público decidiu acusar Mário Machado por ameaças, coacção e difamação, refere o Expresso. O líder dos skinheads escreveu um texto, que tinha como principal alvo a procuradora Cândida Vilar, enquanto estava em prisão preventiva.

Na «carta aberta a todos os camaradas», Mário Machado pediu aos companheiros para não esquecerem o rosto da «nova inquisição», ou seja, Cândida Vilar. O líder nacionalista referiu ainda alegadas conversas com um inspector da Polícia Judiciária, que lhe terá confirmado que todo o processo não passava de uma vingança pessoal: «O Mário tem de pagar por tudo o que o pai passou no Estado Novo».

Líder dos skins libertado

A magistrada responsável por 36 acusações contra nacionalistas passou a ter protecção policial quando o texto foi publicado no Fórum Nacional, um sítio da Internet frequentado por skins.

«As ideias são como os tratados: pouco vale firmá-los com a nossa tinta quando não somos capazes de confirmá-las com uma gota do nosso sangue. Eu estou a dar o meu sangue, espero que todos vós possam fazer o mesmo», escreveu. Nessa altura, Mário Machado recebeu uma acusação da procuradora e revoltou-se desta forma contra o facto de continuar preso.

Actualmente, o líder dos skinheads está a ser julgado pelo Tribunal de Monsanto com mais 35 «camaradas». As acusações dividem-se entre discriminação racial e ofensas corporais, entre outras. Mário Machado está em liberdade, não pode ausentar-se da freguesia onde reside e tem uma pena suspensa por extorsão.