Governo fecha, privados abrem - TVI

Governo fecha, privados abrem

  • Portugal Diário
  • 15 jan 2008, 16:05
(arquivo)

Chaves vai ter um hospital privado em 2009 com maternidade e serviço de urgências 24 horas. Anúncio surge menos de um mês após Correia de Campos ter determinado fecho da unidade de saúde local Chaves: bloco de partos encerrado Fórum: concorda com a situação?

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A cidade de Chaves vai dispor, menos de um mês depois de fechar o bloco de partos local, de um hospital privado no concelho que, a partir de 2009, vai disponibilizar maternidade e serviço de urgências 24 horas por dia.

O futuro Hospital Privado de Chaves (HPC), cujas obras arrancaram hoje, é uma iniciativa orçada em cerca de 20 milhões de euros, da Casa de Saúde de Guimarães (CSG) e do Hospital Particular de Viana do Castelo (HPVC).

Teófilo Leite, administrador da CSG, referiu que a nova unidade hospitalar estará pronta no último trimestre de 2009 e oferecerá os serviços de maternidade, consulta externa para diversas especialidades médicas e cirúrgicas, internamento e cirurgia, meios complementares de diagnóstico e serviço de urgências de 24 horas.

Com uma área de 10 mil metros quadrados, o HPC terá capacidade para 30 consultórios, 52 camas e os serviços de urgência médico-cirúrgica estarão, segundo o administrador, «mesmo» abertos 24 horas por dia.

«Pretendemos responder às necessidades locais, pelo que o hospital procurará complementar a oferta das unidades de saúde já existentes na região», sustentou Teófilo Leite.

Chaves: bloco de partos encerrado

Nova urgência de Chaves só com bons acessos

O responsável destacou como áreas de interesse estratégico para a população os «serviços de urgências e a maternidade».

«Em 2009, os flavienses voltam a ter uma alternativa válida, orientada para os concelhos mais a norte de Vila Real», disse Carlos Costa, gerente do HPVC.

A nova unidade pretende servir os cerca de 145 mil habitantes de Chaves, Boticas, Montalegre, Valpaços, Ribeira de Pena, Vila Pouca de Aguiar e ainda a cidade fronteiriça de Verin, em Espanha.

«Vamos fazer o inverso do que está a fazer o Estado português. Em vez de levarmos tudo para Espanha queremos trazer, importar os doentes para serem atendidos em Chaves», salientou Teófilo Leite.

António Cabeleira, vice-presidente da Câmara de Chaves, enalteceu o investimento privado em Chaves e considerou que um concelho que não disponha de «um sector de saúde adequado não pode ser competitivo».

«O Estado português está a desresponsabilizar-se. Os cidadãos de Chaves não têm o mesmo acesso à saúde que têm os de Lisboa, embora paguem todos os mesmos impostos», frisou o autarca.



O Hospital Privado de Chaves vai ser construído junto ao nó de acesso de Chaves à auto-estrada 24.
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