Esmeralda: pai acusa casal de boicotar contactos - TVI

Esmeralda: pai acusa casal de boicotar contactos

  • Portugal Diário
  • 4 jan 2008, 19:13
Baltasar Nunes, pai biológico (Foto: Cláudia Lima da Costa)

«A minha filha estava bem comigo mas quando eles vieram ficou assustada»

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O pai da menor Esmeralda Porto acusou esta sexta-feira o casal Luís Gomes e Adelina Lagarto de estar a boicotar os contactos regulares com a menor, dando como exemplo o dia de hoje em que a visita teve de ser reduzida, noticia a Lusa.

Hoje, Baltazar Nunes foi confrontado com a presença do casal a meio da visita e de um animador de uma estação televisiva que estava a actuar para os colegas da menor.

«A minha filha estava bem comigo mas quando eles vieram ficou assustada e ansiosa», pelo que «achei por bem não a perturbar e sair mais cedo», e a visita foi assim reduzida das habituais três horas para apenas uma, afirmou Baltazar Nunes.

«Não vi mais pais nenhuns, só o casal», referiu o progenitor da menor, a quem o tribunal deu o poder paternal sobre a menina, que foi entregue a Luís Gomes e Adelina Lagarto pela mãe, Aidida Porto, quando tinha apenas três meses de idade.

Com a presença do casal, a menor «mudou de comportamento» e de «contente» passou a «assustada», disse Baltazar Nunes, que estranhou também a presença do referido animador, numa «tentativa de chamar a atenção» da menina.

Para o pai, o casal tem tentado «prejudicar sempre as visitas» que tem feito junto da menor no jardim-de-infância que ela frequenta, na cidade de Torres Novas.

«Quando eu lá vou há sempre qualquer coisa, ou visitas de pessoas importantes ou outras coisas», acusou.

Posição diferente tem o casal, que nega qualquer tentativa de boicote e acusa a técnica do Instituto de Reinserção Social (IRS) de Tomar, que acompanha as visitas, de não os avisar ou o Departamento de Pedopsiquiatria do Centro Hospitalar de Coimbra (CHC) da sua realização.

«O despacho que ordena a realização destas visitas não está a ser cumprido», disse à Agência Lusa fonte ligada ao casal, que acusa a técnica de estar a «cometer ilegalidades» em todo este processo.

Esta técnica, Florbela Paulo, tem escrito relatórios que contrariam os médicos do CHC, garantindo que as visitas têm decorrido com normalidade e a menor até tem andado às cavalitas do pai.

Segundo a legislação, esta técnica deveria deixar de ter responsabilidades, já que o acompanhamento de menores deverá caber à Segurança Social, mas fonte judicial disse à Agência Lusa que o Tribunal de Torres Novas já emitiu um despacho que ordena a manutenção de Florbela Paulo.

Esta decisão é encarada pelo casal como «manifestamente ilegal» e deverá ser objecto de recurso, porque contraria a nova lei que rege o IRS.

Já o pai da menor mostrou-se satisfeito com a manutenção da técnica no processo, considerando que ela tem sido isenta na apreciação dos contactos.

«Estar a mudar de pessoa neste momento era mais uma coisa a prejudicar a minha filha», afirmou Baltazar Nunes.
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