Secretas: Miguel Relvas e Silva Carvalho jantaram juntos no Algarve - TVI

Secretas: Miguel Relvas e Silva Carvalho jantaram juntos no Algarve

Relvas (Mário Cruz/Lusa)

Segundo os autos do processo

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O ex-diretor do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) jantou na mesa do ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares a 5 de agosto de 2011, no Algarve, tendo dado conta disso ao assessor de imprensa da Ongoing.

Segundo os autos do processo do caso das «secretas», consultados pela agência Lusa, esse jantar foi objeto de uma mensagem enviada, às 21h51 horas, por Jorge Silva Carvalho ao assessor de imprensa Ricardo Santos Ferreira, em que o ex-responsável do SIED indicou o nome do restaurante [Gigi], o local [Quinta do Lago] e as pessoas que tinha ao seu lado: à direita Rafael (Mora) - número dois da Ongoing - e à esquerda o ministro Miguel Relvas.

Na missiva, o arguido Jorge Silva Carvalho aproveita para elogiar o trabalho do assessor, aconselha-o a não responder a alguém que não identifica e diz-lhe para ficar atento ao Expresso, o jornal que começou por noticiar o polémica caso das «secretas».

Do processo constam ainda vários SMS enviados por Silva Carvalho ao patrão da Ongoing, Nuno Vasconcellos, também arguido no processo, a 23 de Agosto do ano passado.

Outro dos SMS enviado por Silva Carvalho para Miguel Relvas está datado de 6 de junho de 2011 [no dia seguinte à vitória do PSD nas eleições legislativas] para lhe contar um episódio e em que o trata por caríssimo e pede desculpa por o estar a incomodar em dia de vitória.

Da investigação constam ainda SMS trocados entre Silva Carvalho, o jornalista Nuno Simas e Miguel Relvas. A 11 de novembro de 2010, o ex-jornalista do Público envia ao ministro uma mensagem a dizer que um amigo do Miguel Relvas foi muito corajoso, usando uma expressão brejeira.

No início do mês, o Ministério Público acusou três arguidos pelos crimes de acesso ilegítimo agravado, abuso de poder, violação do segredo de Estado e corrupção passiva e ativa para ato ilícito.

Os arguidos são Silva Carvalho e o presidente da empresa Nuno Vasconcellos e João Luís, ex-membro das secretas portuguesas.

Entretanto, hoje, Adelino Cunha, pediu a demissão do cargo de adjunto político de Miguel Relvas.
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