Buscas: Narciso e Salvador não são arguidos - TVI

Buscas: Narciso e Salvador não são arguidos

Narciso Miranda

Onze pessoas foram constituídas arguidas. E poderão ser mais

Relacionados
Onze pessoas foram constituídas arguidas, nenhuma das quais figura pública, no âmbito de uma investigação que terá implicado buscas em instalações associadas aos autarcas Narciso Miranda e Joana Lima, bem como ao presidente bracarense António Salvador.

A informação foi avançada à agência Lusa pela coordenadora da 6.ª secção do DIAP/Porto, que supervisiona a investigação há duas semanas e que admitiu a possibilidade de ainda serem constituídos novos arguidos, sem referir se nesse grupo se poderão incluir os dois autarcas e o dirigente desportivo.

Duas das 11 pessoas já constituídas arguidas foram presentes ao Tribunal de Instrução Criminal e sujeitas a medidas de coacção que a fonte não precisou, mas que disse não serem privativas da liberdade.

A coordenadora, que não quis ser publicamente identificada pelo nome, disse que os indícios até agora apurados excluem, «na maior parte dos casos», uma interligação dos factos em investigação.

«Neste momento, estamos a trabalhar a prova», disse a responsável da 6.ª secção do DIAP/Porto, acrescentando que «talvez» até Setembro seja decidido se o inquérito se mantém uno ou se será fraccionado.

A procuradora escusou-se, nesta fase do inquérito, a referir os crimes de que se suspeita, sublinhando apenas que a 6.ª secção do DIAP/Porto trabalha com criminalidade económico-financeira, burlas para julgamento em tribunal colectivo, crimes informáticos e ilícitos fiscais ou relacionados com a Segurança Social.

Confirmando a realização de «várias» buscas, a coordenadora explicou que, quando esta diligência é efectuada, o órgão de polícia criminal que as realiza já tem de indicar no mandado os indícios de que dispõe e alguns meios de prova.

Isto significa que todos os alvos de busca foram informados sumariamente dos motivos por que estão indiciados.

Contrapôs, contudo, que as buscas em residências ou instalações de qualquer pessoa não significam necessariamente a sua associação aos crimes em investigação.

A coordenadora lamentou, a propósito desta investigação, a divulgação de nomes de pessoas que nem sequer foram constituídas arguidas.
Continue a ler esta notícia

Relacionados