Professores faltam às aulas por causa da neve - TVI

Professores faltam às aulas por causa da neve

Neve no distrito de Braga

Autarca classificou atitude dos docentes como «uma autêntica vergonha»

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O presidente da Câmara de Vinhais, Américo Pereira, classificou esta quinta-feira «uma autêntica vergonha» o facto dos professores faltarem às aulas nas escolas do concelho por causa da neve dos últimos dias, informa a Lusa.

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Em comunicado, o autarca socialista diz-se «indignado com a situação que se tem vivido nos últimos dias ao nível das escolas do concelho, dado que, por ausência dos professores não tem havido aulas».

Sindicato já respondeu ao autarca e pediu para ir buscar os professores de jipe ou helicóptero.

«A Câmara Municipal tem feito um esforço enorme para que, todos os alunos tenham condições para se deslocar para a escola mantendo todas as vias de comunicação transitáveis, mas os professores não aparecem obrigando ao encerramento das escolas», refere.

«Porque será que os professores não podem vir se «todos os outros funcionários (Câmara, Bancos, Registo Civil, Tribunal, Centro de Saúde) o fazem?», questiona o autarca.

Américo Pereira criticou também o papel das autoridades, nomeadamente a GNR, Protecção Civil e PSP, nos nevões que no último mês e meio têm caído na região.

«Não têm contribuído para ajudar as pessoas a ultrapassar, da melhor forma, as condições climatéricas adversas, pois em vez de colaborarem activamente na resolução dessas dificuldades, limitam-se a utilizar a comunicação social para vaidosamente dar entrevistas por tudo e por nada, deturpando muitas vezes a situação que realmente existe no terreno e criando um clima de medo que contribui decisivamente para que as instituições não funcionem e oferecendo assim as justificações para que as pessoas faltem ao trabalho», acusou.

Para o autarca de Vinhais, os alunos passarem o dia na escola à espera dos professores é «coisa nunca vista». Américo Pereira entende ainda não existirem motivos para que «não se faça uma vida normal». O autarca questionou-se mesmo sobre «o que seria dos países do norte da Europa, se agissem da mesma forma».
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