Leilão no Porto com quadros falsos - TVI

Leilão no Porto com quadros falsos

  • Portugal Diário
  • 30 out 2007, 15:47

PJ apreendeu uma dezena de obras. Um dos quadros é de Júlio Pomar

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A Polícia Judiciária (PJ) do Porto apreendeu «cerca de uma dezena de obras de arte alegadamente falsas» na Leiloeira S. Domingos, no Campo Alegre, Porto. A notícia é avançada pelo Diário de Notícias, que acrescenta que um dos quadros apreendidos é de Júlio Pomar, cujo filho atesta ser «uma falsificação».

O responsável da Leiloeira S. Domingos, António Taveira, afirmou à Lusa que o seu estabelecimento comercial «está do lado das autoridades», «completamente disponível» para colaborar com as autoridades e congratula-se com a investigação.

António Taveira confirmou que a PJ apreendeu «quadros sobre cuja autenticidade alguém levantou dúvidas», escusando-se, contudo, a revelar quantas obras foram levadas pelas autoridades.

O DN noticia, no entanto, que a denúncia partiu do filho de Júlio Pomar, Alexandre Pomar, que levantou sérias dúvidas sobre a autenticidade de um quadro do seu pai - Padeiro - e de outros trabalhos, designadamente de António Carneiro, Mário Cesariny, Espiga Pinto, Mário Botas, Manuel Cargaleiro e «talvez» Júlio Resende.

As obras que a S. Domingos leva à praça pertencem a «particulares e entidades», sendo que a leiloeira costuma fazer «uma verificação» das mesmas. «O que acontece é que muitas vezes as obras chegam em cima do leilão e alguém pode falhar», acrescentou o responsável, adiantando que obras de pintores referenciados no DN «não foram objecto de apreensão».

António Taveira referiu que a S. Domingos «faz uma venda transparente, apresenta um catálogo das obras que vão a leilão e não tem nada a esconder», disponibilizando toda essa informação no seu site.

Taveira lamentou, contudo, a forma como decorreu este processo, afirmando que a leiloeira «não foi contactada por ninguém». O responsável adiantou ainda que «acontece com frequência a leiloeira recusar quadros por suspeitas de não serem verdadeiros».

A Lusa tentou obter esclarecimentos junto da PJ, mas até ao momento ainda não obteve qualquer resposta.
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