O Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro afirmou na quinta-feira, em Braga, que se o chamado caso Maddie vier a ser arquivado, o que desconhece, «será um entre milhares de crimes em todo o mundo que não são descobertos».
«Ainda não há decisão do Ministério Público, nem sequer li o relatório da PJ, mas, o que posso dizer é que, infelizmente há, não só em Portugal, mas em todo o mundo, muitos casos destes que não são descobertos», afirmou.
O magistrado falava aos jornalistas à margem de uma conferência que proferiu na Associação Jurídica de Braga sobre «Justiça e comunicação social».
Pinto Monteiro disse desconhecer por completo declarações do ex-inspector da PJ Gonçalo Amaral, sobre uma alegada interferência do poder político no processo: «A única coisa que digo é que o poder político não interfere na acção do Ministério Público», afirmou.
Negou que o MP saia «fragilizado» da investigação ao desaparecimento da criança inglesa, insistindo que «nunca houve qualquer interferência governamental no MP».
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Vale e Azevedo
Questionado sobre o mandado de captura europeu de Vale e Azevedo enviado às autoridades inglesas, reafirmou que a Procuradoria-Geral da República fez o que lhe competia, «enviá-lo às autoridades inglesas, a quem compete, agora, executá-lo».
«Sabemos que chegou ao destino, demos todas as informações às autoridades inglesas», afirmou, frisando que não é o MP, mas sim os tribunais que entendem que o ex-presidente «tem uma pena de prisão a cumprir».
Maddie: «um dos milhares de crimes que não são descobertos»
- Redação
- SM
- 4 jul 2008, 07:31
PGR recorda que «não só em Portugal, mas em todo o mundo, há muitos casos» que não são resolvidos
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