Violador de Telheiras tentou escapar à prisão - TVI

Violador de Telheiras tentou escapar à prisão

  • Redação
  • Carlos Enes e Patrícia Pires
  • 12 mar 2010, 20:02

Suspeito garantiu que, devido a medicamento, não tem impulsos sexuais há meses

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O homem que ficou conhecido pelo «violador de Telheiras», detido pela Polícia Judiciária na passada semana e responsável por mais de 40 violações, tentou escapar à prisão preventiva garantindo, quando foi ouvido pelas autoridades, que já não sentia impulsos sexuais há meses, devido à medicação que estava a tomar.

Violador de Telheiras fica em prisão preventiva

Henrique Sotero, o suspeito, terá ainda assumido diversos crimes, além das agressões sexuais como, por exemplo, que obrigou uma vítima a levantar 200 euros do multibanco, justificando o roubo com «as despesas pela compra da casa».

Ou ainda, o facto de ter obrigado dois namorados de vítimas a assistir aos actos sexuais e de ter poupado uma adolescente que considerou demasiado nova.

Violador de Telheiras: «Um caso único»

Ficou ainda claro para as autoridades que este homem de 30 anos, «frio e calculista», se dedicou ao estudo das leis nos últimos meses, antecipando a sua detenção mais tarde ou mais cedo.

Henrique Sotero terá tentado convencer o tribunal para não ficar preso preventivamente, já que, há vários meses que tomava medicação, receitada por um especialista, e deixara de sentir impulsos sexuais. Dessa forma, o magistrado poderia excluir, no momento de decidir a medida de coação, o «perigo de continuidade da actividade criminosa».

O arguido também tem consciência que, com a ajuda, de um bom advogado e com base no impulso incontrolável, poderá apenas responder pela prática de um crime continuado, beneficiando das últimas alterações ao processo penal.

O «violador de Telheiras» planeava os crimes com pormenor. Tinha sempre consigo, numa mochila, mudas de roupa que facilitavam a fuga sem ser reconhecido, e lenços, para limpar os vestígios. Recorde-se que a PJ apenas encontrou vestígios biológicos numa das vítimas e uma impressão digital num local onde ocorreu uma violação.
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