TGV: Alcobaça sente-se prejudicada

Dirigentes do movimento ATAC (Amigos da Terra por Amor à Camisola) defendem que o TGV pode destruir locais de relevo ambiental e patrimonial em Alcobaça, como colónias de animais e fauna, segundo avança a Lusa.

A denúncia do movimento ATAC foi feita em reunião com o presidente da câmara de Alcobaça, o autarca do concelho vizinho Porto de Mós, e ainda vários ambientalistas, este sábado em Ataíja de Baixo, em Alcobaça.

«Ainda hoje estivemos em grutas não referenciadas pela RAVE (empresa que gere o processo) e que vão ficar destruídas pela linha», afirmou Noémia Rodrigues, da ATAC, que acusa os promotores de optarem pela solução técnica «mais barata» sem ligar às populações e localidades divididas do concelho.

O movimento tenciona avançar com uma acção judicial contra o Estado, «se possível até nas instâncias europeias», pelo que irá apresentar uma contestação ao projecto.

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João Salgueiro (PS), presidente da câmara de Porto de Mós, também defendeu uma opção diferente para o traçado.

Uma solução que iria contentar todas as partes seria a construção do TGV entre o IC2 e a serra dos Candeeiros, criando um novo limite para o Parque Natural e «libertando» a envolvente da estrada nacional para um «correcto ordenamento do território».

Em curso está uma petição a enviar ao Parlamento promovida pelas freguesias mais atingidas pelo traçado, que já conta com milhares de assinaturas.