Cancro: unidade única abre no S.João - TVI

Cancro: unidade única abre no S.João

Células cancerígenas

Vai ser mais fácil e mais rápido diagnosticar o Cancro da Mama, que mata cinco mulheres por dia

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O Hospital S. João, no Porto, inaugura terça-feira uma Unidade de Diagnóstico e Tratamento de Cancro da Mama, a mais completa existente em Portugal, noticia a Lusa. O cancro da mama provoca todos os dias a morte de cinco mulheres em Portugal, onde são registados diariamente 13 novos casos, em média.

«O doente é o centro. Aqui pode, numa só consulta, fazer o que habitualmente faz em três ou quatro deslocações ao hospital», salientou Francisco Pimentel, coordenador da nova unidade, em declarações à Lusa. «Este é o cancro que mata mais mulheres em Portugal», frisou Francisco Pimentel.

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A unidade, construída de raiz, disponibiliza uma interacção inédita entre uma equipa de especialistas que inclui cirurgiões, oncologistas, radiologistas, radioterapeutas, ginecologistas, genéticos, patologistas e psiquiatras.

«Já existem em Portugal hospitais que juntam no mesmo local dois ou três especialistas, a novidade desta nova unidade é que reúne todas as especialidades necessárias ao diagnóstico do cancro da mama», afirmou.«Esta é uma doença que, sendo diagnosticada cedo, pode ser curada ou conseguir-se um prolongamento enorme de vida», frisou Francisco Pimentel.

Identificar populações de risco

O programa de diagnóstico precoce dos cancros do estômago, útero e mama é uma das principais apostas do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP) para este ano. O responsável pela instituição adiantou à Lusa que o projecto implica também o identificar populações de risco em Portugal.

Este programa, que está a ser desenvolvido em colaboração com a Noruega, foi apresentado esta segunda-feira num encontro com jornalistas, no âmbito do «Dia do IPATIMUP». «Se eu tiver de identificar o projecto maior para o próximo ano (2008) é este programa de diagnóstico precoce dos cancros, as outras actividades são de alguma maneira uma continuidade do trabalho que temos vindo a desenvolver na investigação em cancro e genética», disse Sobrinho Simões.

«Vamos procurar identificar em Portugal quais as populações com maior risco de desenvolverem os cancros da mama, do colo do útero e do estômago e mais tarde do intestino», explicou o investigador.

Sobrinho Simões defendeu a necessidade de «ligar» este «trabalho de ponta» à divulgação científica e sensibilização das populações sobre a prevenção e diagnóstico precoce. «Os portugueses não interiorizam os procedimentos. Eu identifico este como o pior problema em Portugal em termos de prevenção de doenças», disse, considerando que só é possível alterar o panorama se houver ligação entre «o universo muito profissional com o universo muito básico».
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