O Eurobarómetro agora divulgado pela União Europeia revela que 67% dos portugueses acredita que há discriminação contra pessoas de uma etnia diferente. Este número baixa para 62% na perceção de que a comunidade cigana é que mais sofre de intolerância.
A percentagem sobe quando falamos de tolerância em relação à orientação sexual: 71% dos portugueses acredita que há discriminação no nosso país.
Em altos cargos políticos, os portugueses preferem ter uma mulher a ter, por exemplo, um transgénero ou um cidadão de etnia cigana.
O mesmo no que diz respeito ao trabalho: 17% diz-se totalmente desconfortável em trabalhar com um cigano, 15% com um muçulmano e também há quem sinta desconforto em ter um colega de diferente orientação sexual (11%).
Ainda no local de trabalho, as características que mais desfavorecem um candidato são a idade, o ser portador de uma deficiência, a apresentação e as características físicas.
Um dos temas mais sensíveis tem a ver com os filhos. Questionados se aceitavam ou não uma relação de um filho com uma pessoa do mesmo sexo, 42% admitiram que seria desconfortável. No entanto, o mesmo se aplica se for uma pessoa de etnia cigana (39%) ou muçulmano (34%).
O Eurobarómetro fez mais de 27 mil questionários em toda a Europa, cerca de mil eram portugueses.