«Mal de um país quando as pessoas não podem estar onde querem e não podem ir para onde pretendem», considera o advogado das famílias da comunidade cigana da Quinta da Fonte.
O advogado insurgiu-se contra a forma como as famílias foram retiradas do jardim em frente à câmara de Loures e considerou, em declarações ao PortugalDiário, que «este tipo de reacções não são próprios de um Estado de direito democrático».
Carlos Santos Caria ainda não falou com as autoridades sobre a expulsão dos ciganos, mas refere que estará agendada para esta tarde, pelas 16h30, uma reunião na autarquia. No entanto, um dos moradores nega a confirmação desse encontro.
O advogado está indignado com a justificação dada pela polícia relativamente à permanência das famílias ciganas junto à câmara, que alegou ter agido por tratar-se de uma «manifestação ilegal».
«Nunca ninguém falou que isto se tratava de uma manifestação. Não sei porque as pessoas começaram a falar disso. Trata-se sim de pessoas sem abrigo e que escolheram aquele local para permanecer».
Caria relembrou que a comunidade não pede outras casas, apenas «pretendem viver em segurança». «Estas pessoas não querem casas novas, ao contrário do que toda a gente já anda aí a pensar. Querem é segurança, algo que o Estado está veiculado a dar a todos os cidadãos».
O representante legal dos ciganos refere que, na sua opinião, «ainda não existem condições para regressarem» à Quinta da Fonte. «Estive no bairro anteontem sob escolta policial. A verdade é que fomos todos insultados».
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Ciganos: «Esta gente não quer casas novas»
- Hugo Beleza
- 22 jul 2008, 11:40
![Ciganos visitaram hoje o Bairro da Quinta da Fonte](https://img.iol.pt/image/id/11651623/1024.jpg)
Advogado das famílias ciganas da Quinta da Fonte critica retirada da polícia
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