Casa Pia: arguidos no tribunal à espera da hora da verdade

O processo Casa Pia entrou esta sexta-feira na recta final. O Campus da Justiça recebeu logo ao início da manhã um batalhão de jornalistas que recolheram as primeiras declarações dos arguidos. Um a um chegaram ao local onde, quase oito anos depois das primeiras acusações, vão finalmente conhecer o destino que a Justiça lhes reservou.

Carlos Cruz foi um dos primeiros arguidos a chegar e depois de algumas fugas afirmou aos jornalistas que não presta declarações sobre o processo. Para as 17 horas está marcada uma conferência de imprensa. Já o seu advogado, Serra Lopes, sublinhou que o Cruz «está óptimo, cheio de coragem».

Também Jorge Ritto e Ferreira Diniz recusaram prestar declarações aos jornalistas à entrada do tribunal.

Manuel Abrantes, ex-provedor da Casa Pia, teve um discurso diferente, assumindo que está convicto de que vai ser «condenado».

Carlos Silvino chegou ao Campus da Justiça sem passar pelos jornalistas, mas o seu advogado declarou que «Bibi não será o único condenado».

Também os ex-alunos da Casa Pia, caras fulcrais no início do processo, marcaram presença na chegada à leitura da sentença. Adelino Granja disse esperar «que as vítimas se vejam livres deste processo». e Pedro Namora afirmou estar convicto «que vão ser todos condenados».

Também o advogado, Miguel Matias, das vítimas prestou declarações aos jornalistas e informou que «seis ou sete» vítimas estão no tribunal para ouvir a sentença e que espera «que tudo acabe hoje».

Dentro das instalações está também a única arguida mulher. Gertrudes Nunes, a arguida que nunca mostrou o rosto, chegou sem ser vista.

Pelas 10:44, o colectivo de juízes, presidido por Ana Peres entrou na sala de audiência e deu início à leitura da sentença.

Últilma actualização 10:45