Venezuela: polícia pede ponderação à imprensa

A polícia venezuelana pediu sexta-feira à comunicação social que colabore com as autoridades, evitando divulgar informações falsas sobre os diferentes casos de sequestros porque podem afectar o trabalho de investigação.



«Fazemos um apelo aos meios de comunicação (social) para que colaborem com os organismos de segurança, que não divulguem informações falsas, porque podem afectar negativamente o trabalho das autoridades», disse o general de brigada da Guarda Nacional (polícia militar) Jaime Escalante Hernández.



A mesma fonte confirmou que as três crianças portuguesas resgatadas pelas autoridades foram transportadas num helicóptero das Forças Armadas Venezuelanas para a localidade de San Cristóbal, capital do Estado de Táchira, onde se encontraram com os familiares.



Jaime Escalante Hernández referiu ainda que «para não prejudicar as investigações, mais informações sobre a libertação das crianças será divulgada posteriormente».

O responsável admitiu que as diferentes operações realizadas pela Guarda Nacional na zona de Alto Apure fizeram com que os «sequestradores se sentissem cercados e abandonassem as crianças à beira de um rio (...)».



«Estavam ali, na margem, todos molhados, onde tinham os tinham deixado há uns 10 minutos, com uma lancha», sublinhou.



Jaime Escalante Hernández defendeu que as investigações vão continuar, até que os raptores que mantêm a David Barreto em situação de sequestro sejam detidos.



A polícia venezuelana resgatou sexta-feira, «com vida e em aparente bom estado de saúde», três dos quatro portugueses sequestrados desde 12 de Agosto no estado venezuelano de Táchira, a sudoeste de Caracas.



Os três portugueses, crianças de 10 a 13 anos de idade foram encontrados «molhados» na margem de um rio, por uma equipa da Guarda Nacional no sector de La Esperanza, da localidade de La Victória, Estado de Apure.



Pouco depois das 16:00 horas de domingo (21:00 em Lisboa) desconhecidos raptaram o comerciante português David Barreto Alcedo, 37 anos, o filho, David Mariano Barreto Vales, 11, e os sobrinhos Alberto Luís Parra Barreto, 13, e José David Parra Barreto, 10 anos, no estado venezuelano de Táchira, que se situa a sudoeste de Caracas).



O sequestro ocorreu quando o grupo regressava de um passeio, durante o fim-de-semana, à barragem de Uribante-Caparo.



O veículo em que seguiam os quatro portugueses foi localizado pela polícia na estrada de "Los Llanos", que liga San Cristóbal, capital do Estado de Táchira, à fronteira com a Colômbia.



Além do Estado de Táchira, a polícia venezuelana estendeu as buscas, na última terça-feira, às zonas montanhosas dos Estados de Apure (a Sul de Táchira), Barinas (leste) e Portuguesa (a nordesde da zona onde foram sequestrados).



O comerciante português David Barreto Alcedo, 37 anos, continua em parte incerta.