Ameaça terrorista é para ser levada «a sério»

O primeiro-ministro José Sócrates afirmou este sábado que nada leva a pensar que Portugal esteja sob uma ameaça «especial» de terrorismo, mas ressalvou que esse é um «fenómeno dos nossos dias» e que exige «particular atenção».

«Quando alguém nos dá uma informação, o nosso dever é procurar confirmá-la, segui-la e despistá-la ou não em função do que encontramos. Em nada dessa informação deve levar o nosso País a pensar que está sob uma ameaça especial de terrorismo. Nada disso», sublinhou. «Se assim fosse, teríamos elevado o nível de alarme, mas nada justifica a elevação das nossas preocupações nesse domínio».

Todas as «ameaças terroristas são para levar a sério», diz Sócrates

País à procura de dois terroristas

Portugal: ataque terrorista na próxima semana

O jornal El Pais noticiou no sábado que Portugal, França, Reino Unido e Espanha foram alertados pela secreta espanhola para riscos de atentados durante o périplo europeu do presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, que este sábado se inicia em Bruxelas.

O chefe de Estado paquistanês inicia uma visita a vários países europeus como Bélgica, França, Grã-Bretanha e Suíça.

«Todos sabemos que o terrorismo é uma ameaça séria, que deve ser levada a sério, uma ameaça dos nossos dias, e a tranquilidade dos nossos cidadãos exige que tenhamos particular atenção a esse fenómeno. Mas nada de extraordinário para além disto», disse ainda José Sócrates.

Salientou o «excelente trabalho» que os serviços de inteligência e segurança de Portugal têm desenvolvido em colaboração e partilha com organismos congéneres de outros países, no caso concreto de Espanha, para analisar todas as informações e despistar as que não forem verdadeiras. «Isto é o mais importante e não se justifica ir para além disto».

José Sócrates falava em Viana do Castelo, à margem da inauguração da nova Biblioteca Municipal da cidade, um projecto de Álvaro Siza Vieira que implicou um investimento de 4,5 milhões de euros.