Côrte-Real, o «orgulho» de Portugal - TVI

Côrte-Real, o «orgulho» de Portugal

Fragata regressou esta terça-feira depois de combater piratas na Somália. Ministro da Defesa cumprimentou a guarnição

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Quatro meses e 26 mil milhas depois, a fragata Côrte-Real regressou, esta terça-feira, a Portugal. O ministro da Defesa deslocou-se a bordo para saudar a guarnição de cerca de 200 militares, que combateram a pirataria ao largo da Somália.

«Vim testemunhar o apreço, o reconhecimento e o orgulho de todos os portugueses na missão que desempenharam. Deram um grande contributo para a segurança internacional e para a paz naquela zona, que trouxe prestígio e credibilidade externos para Portugal», disse Severiano Teixeira, após ter aterrado de helicóptero na Côrte-Real, quando esta se aproximava de Lisboa.

O governante sublinhou que «a taxa de sucesso dos piratas» baixou de 1/3 para 1/8 durante o período em que Portugal comandou a Força Naval Permanente da NATO, primeiro com a Álvares Cabral e depois com a Côrte-Real.

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«A força nacional destacada fez o que tinha de fazer: intervir e capturar os piratas que atacassem navios portugueses ou onde estivessem portugueses e, nos outros casos, intervir, desarmar e neutralizar os piratas», elogiou.

As embarcações piratas e a adrenalina do momento

A bordo, a excitação era muita. Os militares estavam prestes a rever as famílias que já os esperavam na Base Naval de Lisboa, enquanto «as visitas» se entretinham com dois esquifes «roubados» aos piratas, ainda com as escadas que estes usavam para abordar os cargueiros.

Ainda assim, o sargento fuzileiro Guilherme Almeida contou que «os piratas não eram considerados inimigos» para a fragata: «Nós só cumprimos as regras que nos deram.»

Já o comandante da Côrte-Real admitiu que «a adrenalina esteve sempre presente», principalmente nas duas acções concretas de abordagem aos piratas somalis que a Côrte-Real enfrentou.

«Esta fragata conseguiu contribuir para o esforço que está a ser feito no Golfo de Aden para conter a pirataria. Fizemos acções concretas, que resultaram na apreensão de vário material e na identificação de diversos presumíveis piratas, portanto, julgo que contribuímos para a segurança naquela região de passagem de navegação mercante», afirmou o capitão António Alexandre.

Para o comandante, os ataques piratas «vão aumentar» devido às condições do tempo e do mar: «Por outro lado, os navios já têm mais conhecimentos do modus operandi dos piratas e isso pode compensar esse aumento.»

As últimas horas, já no rio Tejo, serviram apenas para cumprir o protocolo de recepção do ministro da Defesa a bordo, já que a verdadeira preocupação dos militares era mesmo abraçar as centenas de familiares que se concentraram à sua espera.
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