Hipermercados usam desfibrilhador - TVI

Hipermercados usam desfibrilhador

  • Portugal Diário
  • Fátima Casanova
  • 31 jan 2008, 13:11
Ambulâncias [Arquivo]

Sonae usa aparelhos de reanimação há 4 anos, mas INEM não autoriza bombeiros. Funcionários dos hipermercados tiveram um curso de formação, semelhante ao dos voluntários, que têm cem aparelhos nunca estreados, comprados após a morte em campo do jogador benfiquista Fehér Socorro: qual o papel dos bombeiros?

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Nos hipermercados Sonae, caso algum cliente ou colaborador tenha um ataque cardíaco, há aparelhos de reanimação para assistir as vítimas. Em 2004, a empresa implementou o Sistema de Desfibrilhação Externa (DAE) e comprou aparelhos de reanimação, chamados desfibrilhadores, para dar resposta a eventuais paragens cardiorespiratórias nas instalações dos hipermercados.

A Sonae solicitou à Associação Salva-Vidas que desse formação aos seus colaboradores de Suporte Básico de Vida (SBV) e Desfibrilhação Automática Externa (DAE). O objectivo desta Associação é exactamente dar formação para a reanimação cardiorespiratória. Assim, segundo uma fonte da Sonae, a Associação Salva-Vidas ensinou aos colaboradores da Sonae como efectuar o SBV, que consiste em manter a circulação e oxigenação da vítima até se conseguir desfibrilhar. Os trabalhadores da empresa aprenderam também a usar o desfibrilhador, um aparelho que faz uma descarga eléctrica na vítima de modo a reanimá-la.

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INEM vai definir protocolo com bombeiros

Os bombeiros também possuem desfibrilhadores, mas não estão autorizados a usá-los. Segundo o Comandante da Liga dos Bombeiros Portugueses, Fernando Vilaça, os bombeiros têm «mais de uma centena de desfibrilhadores em Portugal», mas só o INEM pode utilizá-los. Foram comprados na sequência da morte em campo do jogador benfiquista Fehér.

De acordo com o Comandante, a ex-Secretária de Estado Carmen Pignatelli tinha delegado ao INEM, na passada segunda-feira à noite, um estudo que poderia vir a permitir aos bombeiros utilizar desfibrilhadores. Mas agora, em consequência da saída do Ministro da Saúde Correia Campos, não se sabe se o estudo que a secretária de Estado Carmen Pignatelli pediu ao INEM irá em frente.

Fernando Vilaça diz que «foi marcado um grupo de trabalho para a próxima quinta-feira, mas não temos certezas quanto a nada, uma vez que o Ministério da Saúde foi mudado».
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