Timor: GNR desactivou 400 engenhos explosivos - TVI

Timor: GNR desactivou 400 engenhos explosivos

Díli: reforço de segurança  LUSA/EPA/Made  Nagi

Capitão Marco Cruz explica que existem vários tipos de munições abandonadas e não detonadas no país

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O Subagrupamento Bravo da Guarda Nacional Republicana (GNR) destacado em Timor-leste desactivou mais de 400 engenhos explosivos desde o início da missão naquele território, disse esta quarta-feira à agência Lusa fonte da Unidade de Intervenção.

O capitão Marco Cruz explicou à Lusa que existem vários tipos de munições abandonadas e não detonadas naquele país, como «granadas de mão e de morteiro, projécteis de artilharia, "rockets" e bombas de aviação», em diversos locais de acesso livre à população local.

Em termos de material explosivo detectado e destruído pelos militares da GNR, só «no ano passado foram efectuadas mais de duas centenas de operações» para desactivar material abandonado desde o conflito armado naquele território, trabalho já reconhecido publicamente pelas Nações Unidas, reforçou Marco Cruz.

«Proteger a população»

A preocupação dos militares da GNR destacados em Timor-Leste não se prende com a origem, fabricante ou mesmo quem utilizou os engenhos militares, mas apenas desactivá-los e «proteger a população destes incidentes», afirmou o capitão.

A força nacional destacada em Timor-Leste pretende «evitar mais mortes devido a artefactos explosivos», como a que aconteceu a 23 de Outubro do ano passado, que «vitimou uma menina de quatro anos enquanto brincava na rua», nos arredores de uma cidade timorense, lamentou.

Os locais precisos destas operações, bem como os engenhos encontrados, não são revelados por «questões de segurança», mas as Nações Unidas têm conhecimento e acompanham com especial preocupação este assunto, disse o oficial.

O comando dos militares da GNR decidiu «efectuar várias acções de formação nas 13 capitais de distrito de Timor-leste», durante os dois últimos meses do ano passado, a cerca de 496 elementos da Polícia Nacional e da força internacional, adiantou ainda.

As operações de destruição dos engenhos «encontrados abandonados nos mais diversos locais e na sua maioria em muito mau estado de conservação» são levadas a cabo por uma Equipa de Inactivação de Explosivos da GNR da Unidade de Intervenção, destacada naquele território, concluiu Marco Cruz.
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