Abrantes: mergulhadores procuram arma - TVI

Abrantes: mergulhadores procuram arma

Buscas continuam em Abrantes

Suspeitos terão confessado que atiraram ao rio Tejo a arma que atingiu o agente dos GOE

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A PSP em conjunto com os bombeiros e mergulhadores está a procurar no rio Tejo, na zona de Santarém, a arma que terá sido utilizada pelos suspeitos no tiroteio, do passado domingo, e que terá atingido um agente dos GOE, confirmou o PortugalDiário junto de fonte policial.

Ao que foi possível apurar, os suspeitos terão confessado, durante os interrogatórios no Tribunal Judicial de Abrantes, que atiraram a arma ao rio Tejo. Mergulhadores acompanhados pela PSP estão a «bater» várias zonas do rio com o intuito de localizar a shotgun que terá disparado os primeiros tiros, segundo a versão da PSP.

O tiroteio em Abrançalha-de-Baixo está envolvido em polémica. A PSP afirma que foram disparados tiros à chegada dos agentes ao local, depois de uma perseguição, onde também terão sido efectuados disparos. Terá sido uma destas balas que atingiu o agente do GOE na zona pélvica. A bala terá entrado de lado, abaixo da cintura, pela nádega esquerda, saindo pela direita. O disparo atingiu a zona da bexiga. A bala em causa ainda não terá sido recuperada, confirmou o PotugalDiário junto de fonte policial.

Os suspeitos, assim como familiares, afirmaram, numa primeira versão, que não foram efectuados disparos contra o GOE e que «não haviam armas na casa». Aquando da detenção dos suspeitos, a PSP não encontrou armas na posse dos mesmos, informação confirmada pelo próprio director nacional da PSP, o que levanta a hipótese do agente ter sido atingido por «fogo amigo», ou seja, por uma bala disparada por um outro agente.

A PSP diz que é prematuro avançar com esta conclusão, uma vez que devem ser seguidas «outras linhas de investigação», nomeadamente, a possibilidade dos suspeitos, ou familiares, terem «escondido» ou «deitado fora» a mesma. Esta hipótese surge agora com mais consistência, dado as buscas que estão a ser realizadas no rio Tejo para encontrar a shotgun.

Sem a arma, ou as balas, alegadamente, disparadas contra a PSP, a posição da polícia fica mais frágil, levantando a «dúvida» sobre o que realmente aconteceu, como declarou ao PortugalDiário, Paulo Rodrigues, presidente da Associação Sócio-Profissional da PSP (ASPP/PSP): «É preciso encontrar a arma».
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