Mário Soares, antigo presidente da República, defendeu esta terça-feira que a Igreja não deve ocupar o lugar do Estado no apoio à população, mas reconheceu que em tempos de crise as pessoas recorrem mais às organizações religiosas.
«A Igreja não substitui o Estado. A Igreja é a Igreja, o Estado é o Estado. Sou a favor da separação do Estado das Igrejas», afirmou Mário Soares, citado pela Lusa.
No entanto, sublinhou o papel complementar, de abertura e diálogo que sempre tem havido entre a Igreja e o Estado, desde a segunda República.
«São dois planos diferentes [Igreja e Estado]. O que é importante assinalar é que ao contrário do que sucedeu na primeira República, em que houve uma questão religiosa, um conflito, a segunda república, depois do 25 de Abril, foi uma república aberta à Igreja e que estabeleceu uma relação perfeitamente correcta, com espaço de grande convivência, diálogo e solidariedade com a Igreja», afirmou.
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Igreja não deve ocupar lugar do estado no apoio à população
- Redação
- AMG
- 2 nov 2010, 15:02
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Em tempos de crise pessoas recorrem mais às organizações religiosas
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