Jovens açorianos pedem educação sexual no pré-escolar - TVI

Jovens açorianos pedem educação sexual no pré-escolar

Preservativos

Propõem ainda distribuição gratuita de preservativos no secundário

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O início da educação sexual no ensino pré-escolar e distribuição gratuita de preservativos no ensino secundário foram algumas das propostas apresentadas esta segunda-feira no Parlamento Jovem por alunos de escolas dos Açores para combater a gravidez na adolescência, noticia a Lusa.

O Parlamento Jovem, que decorre até terça-feira na Assembleia Legislativa Regional, na Horta, permite que os alunos assumam o papel de deputados e discutam temas de interesse regional, sendo a sessão deste ano dedicada ao problema da gravidez na adolescência.

Para combater este fenómeno, Miguel Raposo, aluno da Escola Básica Integrada da Ribeira Grande, em S. Miguel, propôs que a educação afectivo-sexual comece mais cedo, ainda durante o ensino pré-escolar, e se prolongue até o ensino secundário.

Em defesa da sua proposta, argumentou que «aos 3 anos, quando as crianças vão para a creche, elas começam a descobrir o seu sexo e têm de se preparar para o confronto com o outro».

«Nessa altura surgem dúvidas, por vezes difíceis para os pais esclarecerem, porque não têm formação ou porque não estão à vontade para falar no tema», acrescentou.

Consultas

Os alunos desta escola da Ribeira Grande propuseram ainda que sejam facilitadas aos adolescentes consultas gratuitas sobre educação sexual nos centros de saúde da área de residência, assim como a distribuição gratuita de preservativos nas escolas secundárias.

Diferente foi a proposta defendida por Filipe Costa, da Escola Mouzinho da Silveira, no Corvo, para quem deve ser criada uma área curricular, não disciplinar mas de frequência obrigatória, no âmbito da educação para a saúde sexual e reprodutiva.

O jovem deputado oriundo da mais pequena ilha dos Açores defendeu ainda a criação de «oficinas» para a formação de pais e encarregados de educação, de forma a permitir a sua educação e sensibilização na área da «saúde reprodutiva».

A edição deste ano do Parlamento Jovem conta com a participação de alunos de 18 escolas do ensino básico e 15 do secundário, das quais três serão seleccionadas para representar os Açores na edição nacional desta iniciativa, que vai decorrer na Assembleia da República.
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