Educação sexual: pais manifestam-se contra a nova lei

Um grupo de encarregados de educação de todo o país vai realizar, esta sexta-feira, uma acção de protesto em Lisboa contra a nova Lei da Educação Sexual. Os pais exigem o fim da obrigatoriedade da lei e a restituição da liberdade de educação das famílias, avança a agência Lusa.

A Plataforma de Resistência Nacional, que convocou a acção, foi criada por um conjunto de pais depois da aprovação do novo diploma na Assembleia da República, contando com cerca de 600 apoiantes.

Direito de rejeitar educação sexual dada nas escolas

A nova lei da educação sexual, recorde-se, impõe a obrigatoriedade da existência de educação sexual nas escolas.

«Os pais querem que esta educação seja dada aos filhos nas escolas que a tenham. Todos aqueles que entendem que é uma missão que lhes compete têm de ter o direito de rejeitar que esta seja dada na escola», explicou o coordenador da plataforma, Artur Guimarães.

Lei é «inconstitucional»

De acordo com o responsável, a concentração terá lugar junto à Maternidade Alfredo da Costa às 17h30. De seguida, passa pela Avenida 5 de Outubro, onde vão ser distribuídos panfletos para sensibilizar a população.

O objectivo é chegar ao Ministério da Educação onde pretendem entregar um manifesto à ministra Maria de Lurdes Rodrigues.

O conjunto de encarregados de educação considera que a lei é «institucional».

«Não respeita a Constituição da República, a Declaração Universal dos Direitos Humanos e o conceito de democracia», resumiu Artur Guimarães.

O coordenador da plataforma, que defende que a disciplina de educação sexual deveria ser «extra-curricular», salientou que os deputados que aprovaram o diploma (do PS, PCP e Os Verdes) «não foram capazes de indicar um país com uma lei semelhante», nem «uma prova científica de que a lei vá reduzir o número de gravidezes ou a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis».