Ministro da Saúde analisa «ranking» pouco favorável - TVI

Ministro da Saúde analisa «ranking» pouco favorável

Paulo Macedo

Estudo coloca Portugal no 25.º lugar entre 34 sistemas europeus

O ministro da Saúde vai analisar o estudo que coloca Portugal no 25.º lugar entre 34 sistemas europeus, mas quer saber qual a empresa que recolheu os dados, em que altura e a razão de os indicadores serem «voláteis».

O relatório foi divulgado na terça-feira, em Bruxelas, pela organização Health Consumer Powerhouse, que sublinha os «longos tempos de espera» e os «resultados» «medíocres».

Com um total de 589 pontos em mil possíveis, no conjunto de 42 indicadores de desempenho, Portugal caiu quatro posições relativamente ao posto que ocupava em 2009, e é agora o sétimo país da União Europeia com pior resultado, surgindo na lista, apenas à frente de Lituânia, Polónia, Hungria, Albânia, Macedónia, Letónia, Roménia, Bulgária e Sérvia, país que se encontra na ¿cauda¿ da tabela, com 451 pontos.

No extremo oposto, a Holanda lidera com 872 pontos em mil possíveis, seguida da Dinamarca (822), da Islândia (799), do Luxemburgo (791) e da Bélgica (783).

Segundo o relatório, Portugal e Espanha foram os únicos em que a «crise afetou a assistência médica».

À margem da inauguração de uma rede de cuidados continuados, na Amadora, Paulo Macedo indicou a necessidade de saber qual a empresa sueca que fez o estudo, a que anos se reporta e a razão dos «indicadores irem variando ao longo dos anos».

«É muito difícil dizer qual é a nossa evolução em termos comparativos, tanto mais que em termos de score concreto Portugal não baixou. Houve um score absoluto de outros países que cresceu», afirmou aos jornalistas.

Para o governante, seria «possível ver a tendência, se se mantivessem os indicadores».

«Como todos os estudos vamos avaliá-lo, mas para já quereríamos saber quem é a empresa sueca, a que período é que se reporta e porque é que os indicadores são tão voláteis», concluiu.

Acerca da rede de cuidados continuados, Paulo Macedo admitiu a necessidade de «cobertura adicional» na região de Lisboa e Vale do Tejo, uma vez que há «cobertura com alguma expressão já a Norte».

Face à tendência futura de existirem mais idosos «que felizmente vivem mais», vai ser preciso «tratar com mais intensidade», considerou.

Questionado se já recebeu a carta hospitalar, o ministro respondeu ter recebido um estudo sobre a mesma e que deverá ser colocado em discussão pública.

Quanto às conversações com os médicos sobre grelhas salariais, Paulo Macedo acredita que será possível o acordo, salientando que as negociações continuam e que pela tutela não houve qualquer ameaça de rutura.

Perante a hipótese levantada pelos clínicos de greve, o ministro respondeu estar «sempre atento ao que lhe dizem» e recusou que exista qualquer impasse nas negociações e sim uma «evolução programada das negociações».
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