Nove urgências hospitalares encerradas desde 2006 - TVI

Nove urgências hospitalares encerradas desde 2006

Protesto contra fecho de urgências em Valença do Minho

Reforma de Correia de Campos previa o fecho de 15 postos de atendimento

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Nove urgências hospitalares encerraram desde 2006, como previa a polémica reestruturação do ministro Correia de Campos, que antes de deixar o Governo retrocedeu em relação a dois casos, decidindo manter abertos os serviços do Curry Cabral, em Lisboa, e de Macedo de Cavaleiros.

O ex-ministro decidiu ainda que as urgências hospitalares de Fafe, Santo Tirso, Montijo e Peniche, que inicialmente decidiu fechar, permaneceriam abertas até haver serviços alternativos.

A nível dos Serviços de Atendimento Permanente (SAP) nos Centros de Saúde (CS) fecharam 34/35 postos, segundo a ministra Ana Jorge.

Em 2006, iniciou-se o processo que tinha como proposta o encerramento de 15 urgências hospitalares e a criação de 89 serviços: 45 de Urgência Básica (SUB), 30 de Urgência Médico-Cirúrgica (SUMC) e 14 de Urgência Polivalente (SUP).

O Ministério da Saúde indicou à Lusa terem sido criados ou requalificados 39 SUB, faltando abrir seis. Quanto às SUMC e SUP não foram avançados dados.

No âmbito da reforma, algumas urgências converteram-se ainda em «consulta aberta» para responder a situações agudas, não urgentes, mas que precisam de resolução rápida.

Centro do país com maior número de encerramentos

Foi na região Centro que fecharam mais urgências hospitalares. Dos sete encerramentos previstos, fecharam seis - Espinho, Estarreja, Ovar, Anadia, Fundão e Cantanhede -, continuando em funcionamento o SUB de Peniche até abrir o hospital do Oeste Norte.

«Os hospitais que ficaram sem serviço de urgência, por se ter verificado que a maioria dos casos era passível de ser atendida nos CS, viram criada uma consulta para atendimento de situações clínicas agudas do âmbito do ambulatório da responsabilidade dos CS locais», disse fonte da Administração Regional de Saúde Centro.

Dos seis encerramentos previstos a Norte, fecharam as urgências hospitalares de Peso da Régua, Vila do Conde e São João da Madeira, que «funciona 24 horas por dia com recursos limitados», segundo a autarquia. Os hospitais de Santo Tirso, Fafe e Macedo de Cavaleiros mantêm as urgências.

O objectivo da reforma é que pelo menos 90 por cento dos utentes demorem menos de 30 minutos até um serviço de urgência e menos de 45 até uma urgência médico-cirúrgica.
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