«Não vou pelo meu pé para Portugal» - TVI

«Não vou pelo meu pé para Portugal»

Vale e Azevedo  (Foto Lusa por António Cotrim)

«Se quiserem, venham buscar-me», diz Vale e Azevedo. «Não quero voltar a ser o bobo da justiça portuguesa». Mas também garante que não é foragido, nem vai fugir

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João Vale e Azevedo garantiu esta terça-feira à SIC que não está «fugido», que pretende «continuar a trabalhar em Londres», que nunca foi «notificado de nada», mas que não vai voltar a Portugal pelo seu pé. «Não quero voltar a ser o bobo da justiça portuguesa», justificou.

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«Não estou fugido, não sou foragido, nunca fugi nem fugirei. Tive mais de 500 audiências e nunca faltei», disse o ex-presidente do Benfica. E à pergunta do jornalista da SIC sobre se pondera sair de Londres para outro país ou mesmo para outro continente, Vale e Azevedo respondeu assim: «Isso é absurdo».

Garante que nunca foi notificado de nada, nem que a sentença de prisão tinha transitado em julgado e que tudo o que sabe é pela comunicação social. Ainda assim, Vale e Azevedo garante que quando receber o mandado irá «obedecer ao que as autoridades inglesas indicarem». Porque só confia na justiça inglesa. Uma coisa é certa: «Não vou pelo meu pé para Portugal. Se quiserem, venham buscar-me».

Durante toda a entrevista, Vale e Azevedo assumiu-se como uma «vítima» da justiça portuguesa: «Parece que em Portugal não há mais ninguém a ser perseguido»; «Há oito anos que ando a ser julgado em Portugal - os mesmos crimes, as mesmas testemunhas, os mesmos factos»; «o tribunal não aceitou nenhuma prova, condenou-me com base em convicções»; «Não quero continuar a ser o bobo da justiça portuguesa».

O ex-presidente encarnado lembra ainda um processo que tem contra o Benfica e que se arrasta em tribunal há seis anos: «Em Portugal não tenho direito a ter razão, não tenho direito a nada». Já em Londres, sublinha, «sei que tenho justiça. Em Portugal não. Vou ser gozado e continuar a ser o bobo da corte. Em Portugal nem sequer me é permitido o cúmulo jurídico, só existe a preocupação de me achincalhar».

Em Londres, onde foi «bem recebido», Vale e Azevedo é presidente de uma sociedade financeira e de «muito sucesso», garante, anda em «carros muito bons, como já andava antes do sr. Dantas da Cunha existir», e passa férias em iates, algo que acontece «há mais de 20 anos».
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