Braga: dezenas de sepulturas destruídas - TVI

Braga: dezenas de sepulturas destruídas

  • Portugal Diário
  • 6 fev 2008, 15:16
O maior jazigo particular da Europa fica em Lisboa (Inácio Rosa/LUSA)

Cemitério de Braga foi vandalizado na noite de segunda para terça-feira

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O cemitério de Braga foi vandalizado na noite de segunda para terça-feira, com dezenas de sepulturas destruídas e vários objectos de culto religioso furtados, num acto que poderá estar relacionado com o «negócio do cobre e bronze», noticia a Lusa.

Uma fonte autárquica disse hoje à Lusa que os alvos principais dos vândalos foram os suportes dos candeeiros, em cobre e em bronze, «o que leva a crer» que o objectivo foi o furto daquele metal, para posterior venda no chamado «mercado negro».

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A mesma fonte acrescentou que o cemitério de Braga, situado na freguesia de S. Victor, já tinha sido alvo de outros «ataques» do género, pelo que «há alguns anos» foi reforçada a segurança no local, nomeadamente através da colocação de arame farpado nas grades de vedação e da subida da altura de parte do muro.

«Pelos vistos, esse reforço não foi suficiente», acrescentou a fonte, admitindo que, no assalto desta semana, os vândalos terão escalado o muro, já que não foram detectados quaisquer indícios de arrombamento do portão de entrada.

Fonte da PSP de Braga disse à Lusa que, até ao momento, apenas foi apresentada naquele comando uma queixa relacionada com este assalto, por parte da proprietária de uma sepultura. Outra fonte policial disse à Lusa que um quilo de bronze pode render, no mercado negro, entre 60 e 100 euros. Um valor cerca de 20 vezes superior ao que os receptadores pagam pelo cobre e mais de 200 vezes superior ao que estão dispostos a desembolar pelo ferro fundido.

«Por isso, os larápios estão-se agora a virar para o furto de bronze, nomeadamente nos cemitérios e durante a noite, onde podem operar com muito mais à vontade», acrescentou a fonte.

Os alvos são, essencialmente, os candeeiros e respectivos suportes, «extremamente fáceis de retirar», enquanto que os crucifixos quase nunca são levados, por exigirem a utilização de ferramentas de corte, «com o que isso significa em termos de barulho e de tempo».
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