Advogado de Duarte Lima não confia na justiça brasileira - TVI

Advogado de Duarte Lima não confia na justiça brasileira

Germano Marques da Silva diz que «há uma desonestidade total neste processo» e fala mesmo em «falsificação de provas»

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Germano Marques da Silva, advogado de Duarte Lima na acusação do homicídio de Rosalinda Ribeiro, disse que preferia que o ex-deputado do PSD fosse julgado em Portugal porque não confia na polícia brasileira. «Se lhe for dado a escolher, Duarte Lima prefere ser julgado em Portugal. Não vai ao Brasil, isso é evidente. Só se fosse parvo. Vai ao Brasil para quê? Para ser preso lá?», afirmou.

«Há uma desonestidade total neste processo», afirmou, falando mesmo em «interesses» em jogo e «falsificação de provas».

«Confio na justiça brasileira, não confio é na polícia brasileira. A polícia brasileira andou a brincar com este processo», disse Germano Marques da Silva, que foi ao Tribunal Central de Investigação Criminal onde Duarte Lima está a ser ouvido.

«Conheço a forma como este processo foi organizado», afirmou o advogado que, além de falar em falsificação de provas, afirma que «este processo aproveitou elementos de prova que são proibidos».

O advogado afirmou também que ainda não existe acusação formal no Brasil contra o seu cliente, mas apenas um processo de denúncia. «Há uma investigação policial. Finda esta investigação, [a polícia] apresenta uma denúncia ao Ministério Publico e uma consideração sobre se o caso deve ser julgado ou não. Só nessa altura é que os advogados conseguem requerer prova», explicou.

«Finda esta fase é que haverá a acusação», acrescentou, adiantando que o seu colega brasileiro «só recebeu o processo de denúncia na segunda-feira» e que ele próprio «ainda não recebeu nada».

Germano Marques da Silva admitiu que Duarte Lima «pode responder voluntariamente ao processo em Portugal quando as autoridades brasileiras mandarem alguma coisa e, até agora, não mandaram nada».
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