Escolas: cortar na gordura ou no essencial?

O ex-ministro da Educação do tempo de Cavaco Silva dá nota bastante positiva à revisão curricular de Nuno Crato. No programa «Política Mesmo», da TVI24, Couto dos Santos saudou a proposta que «pensa nos alunos e na qualidade do ensino» porque «o sistema não está bem», concluindo que «tem que haver mais exigência no ensino».

Ponto de vista diferente tem Mário Nogueira. O dirigente da Fenprof dá nega á proposta de revisão curricular deste Governo. «Falta o essencial, que é o conteúdo curricular». Mário Nogueira defende que «todas as disciplinas são fundamentais» e que «a formação cívica desaparece».

Nogiera pergunta: «Estamos a cortar na gordura ou no que é essencial? Vai ao ponto de chamar à proposta de revisão de contabilidade «habilidosa», com o único «intuito» de despedir professores. O processo «está a começar ao contrário», entendendo que a reforma está condicionada pelo orçamento para a Educação: «Haverá menos 102 milhões», o que «transformado em pessoas, dá oito mil [professores] mais ou menos». E remata : «Já sabemos qual o tamanho da tripa, mas não se temos carne para pôr».

No contra-ataque, o ex-ministro do PSD acusou o dirigente da Fenprof de «não parecer um professor, mas um contabilista» e de estar a defender sim «interesses corporativos»